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Capital

Mãe diz que empurrões na escola deram início à briga que levou aluno ao hospital

Mães de alunos e líderes comunitários se reuniram em busca de soluções para garantir a segurança dos alunos

Por Jhefferson Gamarra e Ana Beatriz Rodrigues | 29/09/2023 13:44
Ainda abalada, mãe de aluno espancado em frente a escola (Foto: Marcos Maluf)
Ainda abalada, mãe de aluno espancado em frente a escola (Foto: Marcos Maluf)

Um dia após o episódio em que um aluno de 14 anos foi espancado na saída da Escola Municipal Tomaz Ghirardelli, moradores dos bairros Residencial José Teruel Filho, Cidade de Deus e Lageado se uniram em busca de medidas para melhorar a segurança nas proximidades da instituição de ensino. Líderes comunitários, mães de alunos e autoridades da segurança discutiram medidas para o combate à violência.

Dona de casa de 39 anos, mãe do adolescente agredido, participou de uma reunião para discutir medidas de segurança, mas garantiu que nada de concreto foi definido. Ela contou à reportagem que as agressões ao seu filho tiveram inicio após troca de empurrões no interior da escola.

"Meu filho está machucado, com dores na cabeça e nas costelas. Ontem, um amigo dele correu até em casa e avisou que ele estava apanhando, mas quando cheguei, o Corpo de Bombeiros já tinha socorrido. O que fiquei sabendo é que empurraram ele e ele devolveu o empurrão dentro da escola, mas quando foi no horário de saída, havia um grupo de cinco meninos esperando para bater nele", contou.

Líder comunitário do Bairro José Teruel, Rone Leão, 37 anos (Foto: Marcos Maluf)
Líder comunitário do Bairro José Teruel, Rone Leão, 37 anos (Foto: Marcos Maluf)

O líder comunitário do Bairro José Teruel, Rone Leão, 37 anos, que organizou a reunião com mães e autoridades escolares, relatou que episódios de agressões são frequentes na unidade. Ele cobra um número maior de guardas e policiais no entorno da escola que abriga 2.660 estudantes.

"Começamos a reunião debatendo o que aconteceu ontem, porque só tinha um guarda na escola, que não tinha como separar a briga. Precisamos de patrulhamento fora da escola, porque dentro o guarda dá conta, mas fora, não. Queremos também a PM, porque muitas vezes na saída tem outras pessoas, maiores de idade, circulando e causando problemas”, observou.

De acordo com o líder comunitário, o comandante da guarda, que estava presente no encontro, se comprometeu a intensificar as rondas no entorno da escola, e a PM ficou de levar os pedidos ao comandante para dar uma resposta.

Viatura da GCM em frente a escola, um dia após o episódio de violência (Foto: Marcos Maluf)
Viatura da GCM em frente a escola, um dia após o episódio de violência (Foto: Marcos Maluf)

Sobre o episódio ocorrido, a Semed (Secretaria Municipal de Educação), por meio de nota, informou que a briga ocorreu às 11h10, logo após a saída da escola. Três adolescentes, dois deles alunos da unidade, agrediram o colega de 14 anos, matriculado no 6º ano, antes de fugirem. O garoto ferido foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros. A primeira informação indicava que a vítima tinha 12 anos.

A Semed também destacou que a direção da escola registrou o ocorrido em ata e aplicará as penalidades previstas. Além disso, ressaltou que o aluno agredido não informou à direção ou coordenação que estava sofrendo ameaças. O Setor de Acompanhamento de Conflitos Relacionados à Evasão e Violência Escolar foi acionado para providenciar os encaminhamentos necessários.

A comunidade escolar e os líderes comunitários continuam unidos em busca de soluções eficazes para garantir a segurança dos alunos na Escola Municipal Tomaz Ghirardelli e nas suas imediações, com a esperança de prevenir futuros episódios de violência.

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