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Capital

Mãe que agrediu professora pode responder por desacato, diz delegado

Caso será investigado pela 4ª DP e crime é caracterizado por conta da docente ser servidora pública

Leandro Abreu e Guilherme Henri | 02/07/2016 10:42
Câmeras de segurança captaram momento das agressões da mãe contra a professora. (Foto: Reprodução)
Câmeras de segurança captaram momento das agressões da mãe contra a professora. (Foto: Reprodução)

A mãe e auxiliar de cozinha de 33 anos que agrediu uma professora que teria chamado seu filho de “fedido”, também pode responder por desacato, já que a profissional é uma servidora pública. De acordo com o delegado José Luiz Duarte, da 4ª DP (Delegacia de Polícia), o caso foi registrado deve ser convertido em prestação de serviço à sociedade.

Vídeo das câmeras de circuito interno da Escola Estadual João Carlos Flores, localizada na Vila Morumbi, no sul de Campo Grande, foi enviado ao Campo Grande News nesta semana. As imagens mostram uma professora de 35 anos sendo agredida com tapas e empurrões pela mãe de um aluno.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela professora, durante uma aula do terceiro ano, foi debatido assunto relacionado à higiene pessoal, quando o aluno disse que não havia tomado banho antes da aula, pois estava brincando. Nesse momento, a professora falou que em dias de aula todos deveriam parar de brincar pouco antes e tomar banho até por questão de saúde.

Ao ficar sabendo do caso, a mãe esperou a docente na saída da sala dos professores e a acusou de chamar o filho de “fedido”, dando tapas que atingiram o ombro e o rosto da vítima.

O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Piratininga e deve ser encaminhado para a 4ª DP, onde será investigada. Conforme o delegado, o fato deve ser investigado pelo juizado especial. “Vias de fato é uma contravenção penal, com pena que varia de 15 dias a 3 meses ou multa, mas acredito que nesse caso pode ser convertido em prestação de serviço”, disse José Luiz.

Nesta sexta-feira (1º), a professora agredida aceitou falar com o Campo Grande News e disse ser impossível segurar o choro ao lembrar do caso. Roseany Shirley Mesquita Bezerra afirma que procurará um psiquiatra, pois entra em pânico todas as vezes que o sinal da escola toca indicando o fim da aula, que foi quando a mãe a abordou e realizou as agressões.

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