Manifestação contra Dilma e o PT ganha volume e avenida é fechada
O protesto contra a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT ganha força em Campo Grande. Cerca de 100 pessoas estão reunidas na Avenida Afonso Pena, perto do MPF (Ministério Público Federal). O trânsito foi bloqueado desde o cruzamento com a Rua Paraíba até o viaduto em cima da Rua Ceará.
A PM (Policia Militar) já está no local. A corporação inicialmente encaminhou 10 militares, que devem ter reforço das unidades do Centro, conforme o aumento de participantes da manifestação.
Também estão presentes servidores da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).
Há bastantes famílias na avenida, munidas com faixas, cartazes e faixas pretas amarradas no braço em sinal de luto. Várias pessoas estão participando pela primeira vez.
“Esse é o momento de lutar pelo futuro do país, pelo futuro de meus filhos”, diz o técnico de enfermagem Rodrigo Bezerra, 28 anos. Ele mora no Aero Rancho e trouxe a esposa, o filho de 3 anos e o caçula de apenas um mês. Conta que não compareceu ontem porque soube a respeito do evento tarde e não teve tempo para organizar a família.
Também é a primeira participação da pecuarista Fátima Freitas Golo, 50 anos, moradora do Carandá Bosque. Ela trouxe a mãe e a filha. “Esse é o momento de manifestarmos contra a corrupção no país. Essa é a hora”, afirma.
O estudante Camilo Barbosa, 21 anos, foi um dos primeiros na Avenida Afonso Pena. “Eu cheguei cedo e não tenho hora para ir embora”, afirma. Ele está acompanhado por um grupo de amigos munidos com bandeiras.
As manifestações começaram ontem à noite, principalmente contrárias à nomeação de Lula como ministro-chefe da Casa Civil de Dilma e consequente divulgação, horas depois, de conteúdos de ligações telefônicas do líder petista com a presidente, pelo juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato. Conforme a organização, três mil participaram do ato.
O protesto, inclusive, se concentra na frente do MPF porque é a instituição que, em Curitiba (PR), comanda as investigações sobre o maior escândalo de corrupção já revelado no Brasil. Entre os manifestantes, até o fechamento deste texto, estavam principalmente membros do Movimento Reaja Brasil e Chega de Impostos, que também participaram da organização do ato contra a corrupção no domingo passado, dia 13 de março.