Manifestação de domingo em Campo Grande deverá ter sobrevoos de aviões
Assim como ocorreu na passeata do dia 15 de março, aviões deverão fazer novamente sobrevoos sobre o público que vai participar da passeata no domingo (12), em Campo Grande. A organização do movimento, intitulado “Chega de Mentiras. Fora Dilma”, convidou novamente os motoclubes, jipeiros, ciclistas e cavaleiros para integrar a passeata. Porém, eles deverão circular em uma pista exclusiva, na Avenida Afonso Pena, para evitar acidentes.
A organização criou quatro alas para o tráfego dos veículos que irão se juntar a passeata. São aguardados mais de 300 motociclistas, dez jipes e 20 caminhões, além de guinchos. Aviões também devem realizar sobrevoos sobre os manifestantes.
Já a população vai caminhar pela Afonso Pena, no sentido da contramão. Os organizadores fazem um alerta quanto aos grupos que pedem a intervenção militar, alegando que esse tipo de reivindicação não faz parte da pauta de protestos.
Os organizadores esperam dobrar o número de manifestantes em relação a primeira passeata, que contou com 32 mil pessoas. Os números desse segundo ato serão, inclusive, computados de forma mais precisa para evitar confronto de informações.
Para auxiliar nesse trabalho, dois engenheiros irão computar o números através de um sistema conhecido como Jacobs, utilizado para calcular multidões. A grosso modo, o cálculo é feito estimando o número de pessoas por metro quadrado e multiplicam-se os dois números. Caso as pessoas se concentrem de forma desigual, esse dado também é levado em conta.
Em auxílio ao trabalho dos engenheiros, haverá voluntários distribuídos ao longo do trajeto para fotografar amostragens de concentração, além dos dados que serão fornecidos por drone.
Neste protesto, cinco pautas irão compor as reivindicações, além do pedido de impeachment de Dilma Rousseff. De acordo com a jornalista Karina Maia, do movimento “Chega de Impostos”, os grupos pedem a extinção do PT, transparência nos empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), investigação da presidente e de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, afastamento do ministro do STF (Superior Tribunal Federal) Dias Toffoli, do julgamento de casos da Operação Lava Jato, além da recusa da reforma política proposta pelo governo. Os manifestantes irão se concentrar novamente na Praça do Rádio, de onde sairão ás 16 horas.