Mapeamento indica 33 pontos críticos de alagamento em Campo Grande
De acordo Defesa Civil Municipal, o número de pontos críticos de alagamento e inundações em Campo Grande cresceu 153% em três anos
Em três anos, o número de pontos críticos de alagamento e inundações em Campo Grande cresceu 153%, passando de 13 em 2017 para 33 em 2020, de acordo com o monitoramento da Defesa Civil Municipal.
Apesar do aumento, os pontos mais críticos, segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, coronel Armindo de Oliveira Franco, continuam sendo a rotatória da Avenida Ernesto Geisel com a Avenida Rachid Neder, a região do Parque das Nações entre as Avenidas Afonso Pena, Dr. Paulo Machado, Mato Grosso e Nelly Martins e o ponto entre a Rua Joaquim Murtinho e a Avenida Ricardo Brandão.
"Este são os principais pontos sujeitos a alagamento e inundações que acompanhamos a cada chuva. Não signidica que sempre que chover vai alagar ou inundar, isso depende da intensidade e do tempo da chuva", diz Armindo Franco.
O mapa serve para alertar as pessoas sobre pontos que devem evitar durante os temporais, comuns nesta época do ano.
Segundo ele, as principais causas de alagamentos e inundações são a defasagem do sistema de drenagem da Capital e o aumento da impermeabilização do solo apos pavimentação.
"Quando a água corre em um chão sem revestimento ela leva um tempo X para ser absorvido. Quando o solo é impermeabilizado a absorção vai demorar um tempo 3 vezes maior. Então qualquer volume de água causa um estrago muito grande", explica.
Entre os pontos monitorados pelo órgão ainda estão a região da Rua Macambira com a Rua Aroazes, na Vila Nova Capital; o cruzamento das ruas Goiânia com a Rua Brasília, no Jardim Ima, o ponto entre a Avenida Cônsul Assaf Trad com a Rua Marques de Herval, no Nova Bahia e a Avenida Gury Marques, próxima a Avenida dos Cafezais, na Vila Cidade Morena.
"A cidade cresceu desorganizada em termos de drenagem. No Parque do Sóter e no Parque das Nações Indígenas, por exemplo, sempre ocorrem alagamento porque vem assoreando lá de cima, do bairro Nova Lima", completa.
Drenagem - De acordo com a Prefeitura, o Município mantém ações permanentes de manutenção. Em média são limpas cinco mil bocas de lobo por mês pelas equipes de manutenção da drenagem.
Entre as obras, a administração elencou a execução do desassoreamento dos Córregos Réveillon, onde também está programado a construção de um piscina, e das bacias de contenção do Córrego Segredo. Além da construção da represa de contenção com capacidade para 20 milhões de litros de água na Praça das Águas.
Em andamento, segundo a Prefeitura, no Bairro Nova Lima está sendo ampliado o piscinão que impacta diretamente o Córrego Segredo. No Santa Luzia será construída um piscinão. Já foi assinado contrato para obras de drenagem e contenção de enchentes na Vila Cidade Morena.