Maternidade culpa escala e promete investigar negligência com grávida
A direção da Maternidade Cândido Mariano promete abrir procedimento administrativo para investigar se houve negligência no caso em que uma médica de 40 anos foi denunciada por tentativa de aborto.
Ela teria se recusado a atender uma gestante em trabalho de parto. O fato aconteceu na madrugada de domingo (26).
Segundo o diretor técnico da Maternidade Cândido Mariano, Daniel Gonçalves Miranda, o caso será investigado, porém afirma que a médica não negou atendimento.
“A maternidade estava com um plantonista a menos. Quando o Corpo de Bombeiro chegou com a paciente, a profissional realizava um parto e não podia atender naquele momento. Depois de 20 minutos esperando, os bombeiros resolveram levar a gestante para outra unidade”, relata.
Ele explica que no dia do ocorrido apenas duas profissionais - quando são necessários pelo menos três - faziam plantão e a situação foi comunicada, via fax, às instituições reguladoras, para não enviar pacientes.
“A gente está com dificuldade de fechar a escala de plantonistas no fim de semana à noite, mas estamos trabalhando para resolver o problema da escala”, explica.
O Campo Grande News tentou falar com a obstetra, mas até o fechamento deste texto não houve retorno. A denúncia foi feita por uma equipe do Corpo de Bombeiros, após o bebê nascer com complicações.
O caso - Conforme boletim de ocorrência, os militares foram acionados para atender uma gestante de 25 anos, no oitavo mês de gravidez, em trabalho de parto. Ela e o marido são mudos. A mulher, então, foi encaminhada pelos socorristas à maternidade.
Após ter atendimento negado por várias vezes, a gestante foi levada à Santa Casa, onde o parto foi realizado. Por conta da demora, segundo o registro policial, o bebê nasceu com problemas de saúde e permanecerá internado, por pelo menos 10 dias.