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Capital

Menina de 12 anos ameaça "furar" alunas em escola e é detida com canivete

Passageiro de ônibus viu menina comentando e exibindo arma e avisou a PM, que foi até a escola

Dayene Paz | 05/04/2023 13:42
Escola Municipal Arlindo Lima, em Campo Grande (Foto: Divulgação)  
Escola Municipal Arlindo Lima, em Campo Grande (Foto: Divulgação)

Após comentar dentro de um ônibus que estava com canivete e iria "furar umas meninas", estudante de 12 anos acabou detida na tarde desta terça-feira (4), na Escola Municipal Arlindo Lima, localizada na Rua Barão do Rio Branco, Centro de Campo Grande. Segundo a Polícia Militar, o motivo da briga com outras estudantes seria bullying.

Na tarde de ontem, a adolescente comentou no ônibus com uma colega que iria furar umas meninas com o canivete, que estava guardado na mochila. Um passageiro escutou a conversa e gravou as características da adolescente. Quando ela desceu em um ponto próximo ao Fórum, o passageiro acionou a Polícia Militar.

Os policiais procuraram escolas próximas do ponto onde a jovem desceu e encontrou a Arlindo Lima. No local, a PM (Polícia Militar) procurou o diretor e informou o ocorrido. Pela idade, foram até as salas e encontraram uma adolescente com as características passadas pelo passageiro.

A menor foi levada para a sala da diretoria e questionada, afirmou que portava um canivete porque teria sido ameaçada por três meninas da escola, que realizaram sinal de corte de jugular com as mãos. As menores que teriam feito as ameaças foram identificadas, sendo duas de 12 anos e uma de 11. Segundo a PM, o motivo da briga era bullying.

A escola registrou o episódio em ata e todos os envolvidos, com responsáveis, foram levados para a delegacia de Polícia Civil.

Procurada, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) informou que recebeu a direção da escola, tomará as medidas administrativas e que equipe do Secoe (Setor de Acompanhamento de Conflitos Relacionados à Evasão e Violência Escolar) irá até a escola para orientações e acompanhamento do caso.

"O setor age com palestras preventivas nas escolas e conversa diretamente com alunos sobre bullying e violência. Em casos de denúncias de alunos com objetos perigosos, a Guarda Municipal é acionada imediatamente pela direção da unidade escolar para revistar o aluno", disse em nota.

Susto - Nesta quarta-feira (5), outro caso levou a Polícia Militar a revistar alunos da Escola Estadual Blanche Dos Santos Pereira, no Bairro Tijuca. O motivo: ameaça de massacre.

Conforme Amarildo Santa Cruz, coordenador operacional da Ronda Escolar no Estado, somente nesta semana, as equipes da PM atenderam quatro denúncias de massacre e chacina em escolas, tanto estaduais quanto municipais. Os relatos são os mesmos. Os avisos são pichados nos banheiros. “Cada escola tem o seu perfil de abordagem em situações como essa. É necessária a ronda escolar justamente para tranquilizar os pais, que ficam apavorados e sem saber como agir”, disse.

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