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Capital

Mesmo com vacinação, volta presencial das aulas na Reme divide professores

Na Rede Municipal de Ensino volta dos alunos está marcada para 26 de julho e na Rede Estadual dia 2 de agosto

Ana Paula Chuva e Jhefferson Gamarra | 08/07/2021 13:37
Luzia, professora de educação física, está ansiosa pela volta presencial dos alunos. (Foto: Paulo Francis)
Luzia, professora de educação física, está ansiosa pela volta presencial dos alunos. (Foto: Paulo Francis)

A volta presencial das aulas na rede pública já está com data marcada. Ao contrário das escolas privadas, as municipais e estaduais permanecem com atividades remotas há pouco mais de 1 ano e quatro meses e o retorno dos alunos para as salas de aula ainda divide opiniões dos profissionais, mesmo com a vacinação contra covid-19.

Na fila da repescagem para aplicação das doses nesta quinta-feira (8), no drive-trhu da Cassems, a auxiliar de educação de uma escola particular, Kenya Touro, 30 anos, contou que mesmo tendo voltado a trabalhar presencialmente não pretende deixar o filho voltar para a sala de aula na REME.

Kenya não pretende mandar o filho para a escola. (Foto: Paulo Francis)
Kenya não pretende mandar o filho para a escola. (Foto: Paulo Francis)

"Eu tenho um filho que estuda em escola municipal. Só voltei para o presencial porque sou obrigada, mas desde quando voltamos na rede particular algumas pessoas pegaram covid, inclusive eu que perdi a data da vacina por isso.  Não acredito que seja o momento de retornar. Porque não adianta só vacinar os profissionais da educação, tem que estar todo mundo vacinado", disse Kenya.


Opinião compartilhada pelo professor da sala de tecnologia em uma escola estadual, Greff Martins, 25 anos. Para ele ainda está cedo para o retorno presencial e é preciso esperar os resultados da imunização.

Greff acredita não ser o momento para a volta dos alunos. (Foto: Paulo Francis)
Greff acredita não ser o momento para a volta dos alunos. (Foto: Paulo Francis)

"Deveria esperar para voltar, mesmo os professores estando vacinados, os alunos podem pegar o vírus em outros lugares. Era bom esperar como vai ser a imunização geral da população", afirmou o professor.

Por outro lado, a professora de educação física, Luzia Gonçalves, 31 anos, mesmo com medo, acredita que a a volta deva acontecer sim, porque como mãe e profissional ela entende o esgotamento dos pais e a importância da sala de aula.

"Todo mundo está com medo o que é natural, mas acredito que deveria voltar sim da forma presencial, falando com mãe e como professora. Em casa os pais também estão esgotados porque estão cumprindo duas funções, de cuidar a casa e ensinar. Vai ser muito gratificante voltar ao normal depois de tanto tempo fora da sala de aula, prefiro a escola falar com os alunos com os professores, o ambiente escolar é muito bom", contou Luzia.

Para a auxiliar de educação em universidade, o ensino remoto é uma ótima opção para quem trabalha, mas para os alunos as aulas presenciais são essenciais, no entanto a volta precisa ser de forma gradual e com muita responsabilidade.

Para Milena volta deve ser gradual, mas será importante para os alunos. (Foto: Paulo Francis)
Para Milena volta deve ser gradual, mas será importante para os alunos. (Foto: Paulo Francis)

"Acho bom voltar, mas por enquanto de forma hibrida e ir voltando presencialmente aos poucos. Na universidade onde trabalho  os funcionários já voltaram  e os alunos devem ser de forma escalonada e respeitando os protocolos de biossegurança", explicou Milena.

Repescagem - Trabalhadores da educação, a partir de 18 anos, podem tomar a dose da vacina contra a covid nesta quinta-feira (8) em Campo Grande.

A repescagem ocorrerá somente no drive-thru da Cassems, entre 7h30 e 17h, e nas unidades de saúde do Coronel Antonino, Vila Nasser, Carlota, Tiradentes, Buriti, Batistão, Coophavila, Tarumã, Lar do Trabalhador, Albino Coimbra, Silvia Regina e Serradinho, entre 13h e 16h45.

No drive-thru da Cassems, por volta das 13h a fila fazia voltas e chegava até a Rua Antônio  Theodorowic.

Carros em fila o estacionamento do Yoted esperando a vacina. (Foto: Paulo Francis)
Carros em fila o estacionamento do Yoted esperando a vacina. (Foto: Paulo Francis)


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