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Capital

Mesmo dentro da Máxima, preso dava "curso" sobre como furtar agências

Chefe da quadrilha que ainda não teve o nome divulgado era especialista em desativar alarmes e fazer corte com esmerilhadeira

Viviane Oliveira e Ronie Cruz | 14/03/2019 11:39
Garras cumpriu mandados no Presídio de Segurança Máxima (Foto: Henrique Kawaminami)
Garras cumpriu mandados no Presídio de Segurança Máxima (Foto: Henrique Kawaminami)

Chefe da organização criminosa e especialista em furtar alarmes, um dos alvos da operação do Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos à Bancos, Assaltos e Sequestros) desta quinta-feira (14) dava curso de como furtar agência bancária pelo WhatsApp.

O tutorial era feito de dentro do Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, localizado no complexo penitenciário do Jardim Noroeste. Também houve mandado de prisão em Chapadão do Sul, mas lá o alvo não foi localizado. Na casa do suspeito, foi apreendida droga.

Conforme o delegado Fábio Peró, o chefe da quadrilha que ainda não teve o nome divulgado era especialista em desativar alarmes e fazer corte com esmerilhadeira. “Até então Mato Grosso do Sul não tinha mão de obra de furto a banco, quando o presidiário começou a difundir a técnica pelo WhatsAPP. “Tanto que a gente saiu de 15 ações, para mais de 30 no ano passado, sendo a maioria tentativas de furto", disse.

O preso deve ser encaminhado para o Presídio Federal. Além dele, conforme apurado pela reportagem, mais quatro detentos da Máxima foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos. 

Operação - No total, seriam cumpridos 13 mandados de prisão e de busca e apreensão na Capital, Chapadão do Sul e Dourados. Segundo o delegado, ainda não há informação de quantas pessoas foram presas até agora. Uma coletiva de imprensa foi marcada no período da tarde para apresentar os dados da operação. Pelo menos 20 policiais participaram da ação.

Em março do ano passado, a Polícia Civil desmantelou quadrilha suspeita de furtar R$ 150 mil do Banco do Brasil nas Moreninhas. O grupo também está envolvido na tentativa de invasão de pelo menos outras quatro agências dos Correios na Capital e no interior. Os “cabeças” do esquema também eram presos na Máxima e por meio de vídeos enviados pelo Whatsapp ensinavam ao restante dos bandidos como entrar nas agências.

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