Ministro critica prefeitura e cobra prestação de contas do macro-anel
Ministério pode retomar a obra, caso problemas não sejam resolvidos na Capital
O ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, revelou que existem problemas na prestação de contas da Prefeitura de Campo Grande em relação à obra do anel viário da cidade, que recebeu convênio e recursos do Governo Federal. Ele afirma que pode ser realizada uma "tomada de contas especial" em relação ao projeto.
"Há problemas na prestação (contas), mas o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) não vai parar a obra, pois a intenção é concluí-la. O recurso está na conta da prefeitura, se ela não tocar a obra, o governo federal tomará as devidas providências", disse o ministro, durante agenda no gabinete do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Lessa não especificou quais são os problemas na prestação de contas, mas alertou que existe a possibilidade de uma "tomada de conta especial" para avaliar este convênio. "O Ministério (Transporte) vai definir o que vai fazer, se a prefeitura não tiver condições de tocar o projeto, nós então iremos assumi-la".
Esta obra do macro-anel, que faz ligação entre nas rodovias BR-163 e BR-262, teve vários problemas em relação a paralisação e retomada do projeto. O objetivo era tirar do centro de Campo Grande e proximidades o tráfego pesado de caminhões e ônibus.
O custo total do projeto é de R$ 32 milhões, sendo R$ 27 milhões do Ministério dos Transportes e R$ 5 milhões de contrapartida. Em função de várias retomadas da execução do projeto, a obra segue em passos lentos. A empresa Anfer Construções era responsável pelo projeto. O Dnit tinha estendido o prazo para o término da obra em março deste ano, mas não foi cumprido.
Entramos em contato com o secretário municipal de Obras, Amilton Cândido, mas ele não atendeu as nossas ligações.