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Capital

Moradores do Nova Campo Grande reclamam do rio formado pela água da chuva

Ricardo Campos Jr. | 03/03/2011 13:13

Àgua chega a ficar empossada por 3 dias de acordo com a população

A água desce das partes mais altas transformando ruas em verdadeiros rios. (João Garrigó)
A água desce das partes mais altas transformando ruas em verdadeiros rios. (João Garrigó)

No bairro Nova Campo Grande a água desce das partes mais altas transformando ruas em verdadeiros rios e acaba empoçada na principal avenida da região. Os moradores além de ficarem ilhados, reclamam dos transtornos trazidos pela chuva antes e depois dos temporais.

A dona de casa Josefa Pereira Alves, 61 anos, mora sozinha na Rua 108, compara o local com um mangue e conta que todas as vezes que chove o filho dela Nilson Gomes Alves de Lima, 32, vai de carro fazer as compras para o almoço e leva para a mãe. “Como que vai sair? É perigoso pegar até uma doença”, explica, “Eu ligo para ele e falo tudo o que preciso e ele traz”.

Na casa da frente, o lixador industrial Ozeias Pereira de Lima, 42 anos, relata que por ter a casa do lado mais baixo da rua, corre o risco de ter o imóvel invadido pelo “rio”. Quando chove forte a família fica em alerta. “Tem que ficar cuidando. Se entra em casa já tem que erguer os móveis”, diz o morador.

Ozeias conta ainda que o solo não absorve e a água chega a ficar acumulada durante 3 dias.

A comerciante Raquel Dias Sanches, 39 anos, tem um bar na Avenida 9, próximo a esquina com a rua 108 onde “desemboca” o rio. Ela construiu o estabelecimento dela em local elevado para não ter problema com alagamentos, mas a água empoça no asfalto e quando carros passam rente ao meio fio jogam água por cima do balcão.

Depois da chuva fica lama vinda das áreas não asfaltadas e quando vem o sol o0 problema torna-se a poeira. “Isso aqui nem parece que tem asfalto. Meu filho hoje cedo teve que fazer uma volta enorme para ir à escola porque não conseguiu atravessar em frente de casa”.

A solução na opinião da comerciante seria um escoamento mais eficiente para o bairro, além da pavimentação dos locais mais altos, de onde vem a terra e enxurrada. “Tem boca de lobo, mas não dá conta. Ontem à noite arrancaram a tampa. Meu marido hoje de manhã fechou. Vai que vem um de bicicleta e cai”, exclama.

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