Moradores e comerciantes reclamam de obra parada na Júlio de Castilho
Calçadas quebradas, canteiros feitos pela metade e sem postes de iluminação e aproximadamente um quilômetro de asfalto sem recapeamento. Com este cenário, a obra inacabada da avenida Julio de Castilho gera reclamação e preocupa moradores e comerciantes da região.
Do terminal Julio de Castilho até o cruzamento com a rua São Luiz, trecho com cerca de um quilômetro de extensão, as calçadas estão todas quebradas. Este também é o único pedaço da avenida que não foi recapeado.
O corretor de imóveis Jefferson Benício Ribeiro, 28 anos, conta que há 40 dias um caminhão da Prefeitura passou pela região com o serviço de tapa buracos, mas por causa da chuva que deixou o asfalto todo esburacado.
Na porta da farmácia de Adilson Bispo de Oliveira, 42 anos, no sentido bairro/centro, existe uma linha que marca o fim do trecho recapeado e o início do asfalto "velho".
Para o comerciante, a pergunta que não quer calar é o motivo de apenas este pedaço ter ficado fora do pacote de obras. “Recurso para fazer tudo, com certeza teve, mas porque não foi feito o recapeamento completo?”, questiona. Ele afirma que as obras pararam em dezembro e, sem continuidade, até a sinalização foi prejudicada.
Na mesma quadra da farmácia de Adilson, o comerciante Cleber Valério da Silva, 39 anos, tem uma loja onde a avenida já foi recapeada. Na esquina da Julio de Castilho com a rua Capibaribe, o canteiro central não acompanha a extensão da avenida e moradores se queixam da retirada da rotatória.
“Esse canteiro está gerando problemas por falta de sinalização",denuncia Cleber. Há 15 anos no local, ele conta que nunca viu tanto acidente. O comerciante também apontou a falta de iluminação pública. “Tiraram os postos e até agora não colocaram de volta, só tem as magueiras para a fiação”, destaca.
Antes, toda vez que chovia, a água não tinha para aonde escoar e ficava empoçada na avenida. Para amenizar o problema, a Prefeitura mandou quebrar uma parte do canteiro e fez uma canaleta. A abertura permitiu aos motociclistas encurtar o caminho.
Próximo à rua São Luiz, onde o recapeamento não chegou, a reclamação ganha ainda mais peso, pois é o trecho onde as calçadas foram quebradas em dezembro.
Para o cabeleireiro João Nascimento, 63 anos, a situação vai além da vitrine da rua. “É uma questão de segurança, oferece risco aos pedestres, principalmente crianças e idosos”, pontua.
“Atrapalha o comércio, está feio e deixa de atrair cliente, seria melhor se tivesse deixado como estava”, comenta o cabeleireiro, sobre a atual situação de abandono da avenida. No entanto, para ele, a continuidade e o término da obra, agora, é mais vantajosos.
O corretor de imóveis Jefferson Benício Ribeiro, 28 anos, conta que há 40 dias um caminhão da Prefeitura passou pela região com o serviço de tapa buracos, mas por causa de uma chuva que deixou o asfalto todo esburacado.
“Sem contar que também foi tudo feito de qualquer jeito, poderia ter sido mais caprichado, como nas outras avenidas, ter ciclovia”, sugere o corretor.
Em fevereiro, o secretário de Infraestrutura, Transporte e Habitação da Capital, Semy Ferraz, afirmou que as obras na avenida Julio de Castilho serão retomadas no dia 15 deste mês. Ele prevê a conclusão em seis meses.