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Capital

Morta a tiro acreditava que poderia tirar marido do vício das drogas

Elisangela Aparecida Barbosa de Oliveira Silva, 41 anos, foi morta com um tiro no pescoço pelo marido, Edhen Araujo Silva, 34 anos

Luana Rodrigues e Marcus Moura | 30/12/2016 16:03
Elisangela Aparecida Barbosa de Oliveira Silva, de 41 anos, foi morta com um tiro no pescoço. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Elisangela Aparecida Barbosa de Oliveira Silva, de 41 anos, foi morta com um tiro no pescoço. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Edhen Araujo Silva, de 34 anos, marido de Elisangela. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Edhen Araujo Silva, de 34 anos, marido de Elisangela. (Foto: Reprodução/ Facebook)

Apesar das brigas entre o casal, das sessões de agressão e dos surtos do marido por conta do uso de drogas, segundo a família, Elisangela Aparecida Barbosa de Oliveira Silva, de 41 anos, que foi morta com um tiro no pescoço pelo marido Edhen Araujo Silva, de 34 anos, acreditava que um dia conseguiria livrá-lo do vício das drogas "pela fé".

“Ela era da igreja Assembleia de Deus e orava muito por ele, tinha certeza que um dia ele ia deixar as drogas por causa da fé que ela tinha”, conta a nora da vítima, Paloma da Silva Milagre, 21 anos.

Segundo Paloma, Elisangela era muito apaixonada pelo marido. Ao ponto de aceitar conviver com ele, mesmo sabendo que era viciado em drogas como cocaína e maconha, e que a família dela não aprovava o relacionamento.

“Ninguém da família gostava dele, porque ele já havia traído ela várias vezes e até pegou ele na cama com outra mulher. A gente também acha que ele batia nela, porque ela tinha hematomas, mas ela nunca assumia, nunca reclamou. Todo mundo queria que ela se separasse, mas ela não aceitava”, conta a moça.

O Natal havia sido a última reunião da família, e mesmo em um dia especial, o marido de Elisangela havia apresentado problemas, segundo Paloma.

“Ele acabou com a festa de Natal da família, descarregou uma arma, porque tinha cheirado pó e começou a ter alucinações que a gangue estava atrás dele”, diz.

Mulher de fé, Elisangela só sabia orar pelo marido, tanto que no no momento em que foi morta, estava escutando louvores da igreja e em mais um surto, Edhen achou que ela estava o traindo. 

Foto de perfil de Edhen foi trocada por imagem de luto. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Foto de perfil de Edhen foi trocada por imagem de luto. (Foto: Reprodução/ Facebook)

“As crianças dele, que estavam na casa, contaram que ela estava ouvindo música e ele começou a gritar com ela, quando atirou”, conta.

Edhen fugiu logo depois atirar na mulher. Na tarde de hoje, a família descobriu que ele estava em uma casa, no bairro Campo Belo, e acionou a polícia. Mas, quando os policiais chegaram ao local, ele já não estava. Até o fechamento deste texto, o autor estava foragido.

No Facebook dele, há várias fotos com Elisangela, onde ele a chama de “meu amor”. E no lugar da foto do perfil está uma imagem escrita “luto”.

Casal em foto postada nas redes sociais. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Casal em foto postada nas redes sociais. (Foto: Reprodução/ Facebook)

Crime - Elisangela  foi morta pelo marido, Edhen, com um tiro no pescoço, na frente dos dois enteados, de 11 e 12 anos, na noite desta quinta-feira (29). O crime ocorreu na Rua Venâncio Aires, no bairro Vida Nova, em Campo Grande.

De acordo com informações da delegada plantonista da Casa da Mulher Brasileira, Claudia Angélica Gerei, as crianças contaram que a mulher estava no quarto, mexendo no computador, quando o pai se aproximou e viu algo que não gostou na tela. Os dois começaram a discutir e de repente as crianças ouviram um tiro.

Em seguida, segundo depoimentos, a mulher saiu do quarto ferida, acompanhada do marido, em direção ao carro da família. Vizinhos escutaram a briga e o tiro, saíram para ajudar o casal e todos seguiram em direção ao posto de saúde do Nova Bahia.

Antes de chegarem ao local, a gasolina do carro acabou. O marido então ligou para amigos, que socorreram a vítima em outro carro até o posto.

Elisangela chegou a receber atendimento médico, mas devido a uma hemorragia interna, teve duas paradas cardíacas e morreu.

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