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Capital

Morto em cruzamento queria abrir próprio negócio e se casar

Osmar Santana, 28 anos, morreu ontem em acidente provocado por caminhoneiro, na Avenida Salgado Filho

Silvia Frias e Bruna Marques | 20/12/2022 09:58
Amigos e familiares no velório realizado no Cemitério Monte das Oliveiras. (Foto: Marcos Maluf)
Amigos e familiares no velório realizado no Cemitério Monte das Oliveiras. (Foto: Marcos Maluf)

Faltava pouco para Osmar Aparecido de Oliveira Santana realizar dois sonhos: abrir o próprio negócio e se casar com a noiva. A história dele foi interrompida no cruzamento da Avenida Salgado Filho com a Rua Thomas Edson, no Jardim Paulista, quando a moto dele foi interceptada por caminhão que invadiu a preferencial. Morreu aos 28 anos.

Hoje, familiares e amigos prestavam homenagens a ele, em velório emocionado e marcado pelo choque, no Cemitério Popular Park Monte das Oliveiras, no Jardim Campo Alto.

Dos presentes, apenas a amiga e colega de trabalho, a masseira Angélica Andino Gaúna, 48 anos, conseguiu falar, mesmo chorando e muito emocionada. Os dois trabalhavam em uma pizzaria há 8 anos. Ela relata que Santana chegou mais cedo para poder sair antes e resolver algumas pendências no Parque dos Poderes. De lá, seguiria para casa da noiva e foi nesse trajeto que o acidente aconteceu.

"Era bom amigo, um bom funcionário e um bom pai', descreveu Angélica. (Foto: Marcos Maluf)
"Era bom amigo, um bom funcionário e um bom pai', descreveu Angélica. (Foto: Marcos Maluf)

O motociclista passava pela Avenida Salgado Filho quando foi surpreendido pelo caminhão que invadiu a preferencial. O rapaz tentou frear, mas se desequilibrou e caiu. O outro veículo continuou avançando e acabou passando por cima de Santana, que morreu de forma instantânea.

Angélica diz que os colegas ficaram sabendo cerca de duas horas depois, quando uma colega viu o noticiário e reconheceu a moto. Ligou no celular de Santana, que foi atendido por um policial. “Ela [colega] ficou sabendo antes da família”, disse.

“Ele abria, assava as massas, fatiava, fazia de tudo”, disse Angélica, descrevendo o rapaz como participativo e alegre. “Era pessoa que tirava dele para ajudar o próximo, não tinha tempo ruim com ele, era menino muito bom, feliz e trabalhador”, lembrou. Contou que sempre comprava frango de colega que vendia o produto no domingo, “para dar uma força”.

Segundo ela, Santana estava construindo um lugar, com auxílio do pai e do irmão, para abrir negócio próprio no setor de alimentação. Depois disso, o plano era se casar. “Era um bom amigo, um bom funcionário e um bom pai”, descreveu. O rapaz deixou filha de 7 anos.

O sepultamento está marcado para 10h30.

Investigação – O caso foi registrado e está sendo investigado na 4ºDP (Delegacia de Polícia). O delegado Christian Molinedo disse que aguarda a perícia liberar as imagens para poder dar continuidade à apuração.

Também está buscando imagens de outras ruas para identificar o caminhão. Molinedo diz que o veículo é azul, modelo antigo e de caçamba grande.

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