Motorista que causou morte de professora só parou a 120 metros de colisão
Alexander Nantes Stein foi preso por apresentar sinais de embriaguez. Para a polícia, ele também estava em alta velocidade
Depois de causar o acidente que resultou na morte de Suellen Vilela Brasil, de 32 anos, o motorista do Volkswagen Gol, Alexander Nantes Stein, atravessou o canteiro da Avenida Gury Marques e só parou a 120 metros do local da colisão. O impacto “jogou” o carro em que a mulher estava contra uma árvore. A vítima era professora de geografia.
O caso aconteceu na noite deste sábado (30), na Vila Cidade Morena, na região da saída de Campo Grande para São Paulo. Nesta manhã ainda era possível ver vestígios do acidente no local. Ao lado da árvore que o carro de Suellen atingiu, ficaram fragmentos dos vidros e parte de um dos bancos retirado durante a tentativa de socorro a motorista.
Conforme o delegado Jarley Inácio de Souza, plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, Suellen e Alexander dirigiam no mesmo sentido da avenida, bairro/centro. A colisão ocorreu no exato momento em que a mulher reduziu a velocidade para passar um quebra-molas.
A suspeita, segundo o delegado, é que Alexander estava em alta velocidade, por isso não conseguiu frear a tempo e atingiu a traseira do Renault Clio Sedan de Suellen. Com a violência do impacto, o carro foi “jogado” para cima do canteiro da avenida e bateu em uma árvore. A professora ficou presa nas ferragens e o Corpo de Bombeiros foi chamado.
Ao Campo Grande News, testemunhas contaram que ela ainda estava viva quando o socorro foi acionado, mas morreu pouco antes de ser atendida. Depois de bater no carro da professora, Alexander perdeu o controle da direção, também subiu no meio-fio, atravessou o canteiro e só conseguiu parar na pista contraria da Gury Marques, em um ponto de ônibus no sentido para saída de São Paulo.
Ele não sofreu ferimentos graves. Ainda segundo o delegado, Alexander não assumiu ter bebido e se negou a fazer teste do bafômetro, no entanto, apresentava sinais claros de embriaguez, como fala arrastada e odor etílico. “Entendi pela prisão em flagrante, ele recusou de fazer o bafômetro, mas havia indicativos que ele havia ingerido bebidas alcoólicas”, reforçou Jarley Inácio.
O caso foi registrado como homicídio culposo na direção de veículo automotor, sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência.
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