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Capital

MPE investiga se área para novo parque valoriza terras de Chico Maia

Ricardo Campos Jr. | 17/08/2015 15:13

Área onde a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) desenvolve projetos com cavalos e cogita novo parque de exposições é investigada pelo MPE (Ministério Público Estadual). Denúncia recebida pelo órgão aponta que o local, cedido em regime de comodato pelo Governo Estadual, estaria valorizando propriedades de Francisco Maia, presidente da entidade agropecuária.

Conforme edital publicado nesta segunda-feira em Diário Oficial, o inquérito está na 30ª Promotoria de Justiça. O objetivo é apurar “eventual irregularidade na permissão de uso de área pública”.

O empreendimento foi lançado em abril do ano passado pela associação durante a 76ª Expogrande. Na ocasião, autoridades e diretores da entidade foram até o local a cavalo para inaugurar a pedra fundamental. Na época, Maia disse que o novo espaço poderia abrigar a feira futuramente se fizesse sucesso.

Inconsistência – O presidente da Acrissul nega qualquer beneficiamento. Ele confirma ter fazendas próximas, mas não acredita que elas serão valorizadas, até mesmo porque têm tamanho superior ao espaço com pouco mais de 20 mil hectares onde funcionam as instalações.

“Foi um empréstimo de uma área ociosa que o Estado tinha. É uma área abandonada, sem nenhuma infraestrutura”, afirma o presidente da associação.

A área pública tem metragem total de 34 hectares, dos quais 10 foram destinados à Federação do Laço e o restante para a entidade agropecuária. Maia afirma que uma parte do espaço correspondente à Acrissul está sendo utilizada pela Federação de Polo para a prática do esporte.

O presidente da associação não quis comentar o inquérito e afirma que ainda não foi notificado sobre a existência dele.

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