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Capital

MPE-MS denuncia Nando e mais dois por execução de garoto de 13 anos

Nyelder Rodrigues | 21/02/2017 19:34
Equipes da Polícia Civil fizeram buscas no local indicado por Nando como cemitério clandestino (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)
Equipes da Polícia Civil fizeram buscas no local indicado por Nando como cemitério clandestino (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)

Conhecido por criar um cemitério clandestino onde enterrava suas vítimas no Jardim Vereaneio - localizado na região leste de Campo Grande -, Luiz Alves Martins Filho, o Nando, de 49 anos foi denunciado pelo MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) pelo homicídio do garoto Lessandro Valdonado de Souza, de 13 anos.

Outras duas pessoas, que assim como Nando moravam no bairro Danúbio Azul, vizinho ao Veraneio, foram denunciadas por também participarem do crime, cometido pelo trio no dia 1º de agosto do ano passado. São elas Jean Marlon Dias Domingues e Talita Regina de Souza, de 21 anos.

Conforme a denúncia, feita pelo promotor Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos e entregue à Justiça no dia 15 de fevereiro, Lessandro foi atraído para as proximidades do aterro que fica na rua dos Astronautas, onde o jovem foi morto por asfixia decorrente de estrangulamento usando uma corda.

Quem levou a vítima até o local do crime foi Nando, que também ofereceu a corda para realizar o crime. Já Jean Marlon auxiliou no crime contendo fisicamente o adolescente. Ele já participou de outros crimes ao lado de Nando.

Motivo torpe e qualificadoras - Lessandro é irmão de Rafael Valdonado de Souza, com quem Talita mantinha um relacionamento amoroso. O garoto flagrou a cunhada traindo o irmão com um homem apelidado de Vaquinha, rival de Rafael no tráfico de drogas.

O motivo do crime foi considerado torpe pelo MPE, que também explicitou que a participação de Jean foi apenas para acompanhar Nando, que topou ser coautor do homicídio por ser amigo de Talita e ela a pessoa que arranja encontros amorosos para ele.

"O modus operandi adotado pelos denunciados, conduzindo a vítima até o local dos fatos mediante dissimulação, bem como valendo-se da superioridade física e numérica durante a prática delitiva, também qualifica o delito, uma vez que caracterizada a utilização recurso a dificultar a defesa do ofendido", explica o promotor na denúncia.

O promotor ainda completa que o trio enterrou o corpo do adolescente para ocultá-lo, gerando mais qualificadoras para o homicídio cometido. A ossada do garoto só foi encontrada após Nando e Jean apontarem, durante investigação, o local onde ela estava, junto com outras ossadas de vítimas de Nando.

Conhecido como "Caso Nando", pois era ele quem coordenava as execuções, várias ações foram criadas a partir da investigação. Os crimes cometidos pelo grupo que agia no Danúbio Azul e região incluem não só homicídios e ocultação de cadáver, mas também exploração sexual, inclusive de adolescentes, e tráfico de drogas.

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