Mutirão vai “limpar a cidade” para acabar com focos de dengue
A Prefeitura de Campo Grande lançou, nesta quinta-feira (27), um mutirão com representantes de vários órgãos e instituições privadas para “limpar a Capital” e combater os focos de dengue. De janeiro até hoje, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) contabiliza queda de 96% no número de notificações, mas a infestação do mosquito segue alta.
A força-tarefa foi lançada, na tarde de hoje, pelo secretário municipal de Saúde, Jamal Salem (PR), na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Coronel Antonino. O levantamento apontou que oito bairros estão com alto índice de infestação, acima de 3,9%, e considerado de risco.
Segundo o coordenador do CCZ (Centro de Controle de Zooneses), Alcides Farias, a situação é crítica em oito bairros: Nasser, Margarida, Mata do Segredo, Cruzeiro, Popular, Moreninhas e Seminário.
O campeão é o Distrito de Anhanduí, a 55 quilômetros da Capital, onde de 6,6% dos imóveis possuem focos do Aedes aegypti, transmissor da doença.
Outros bairros estão em situação de alerta, com o índice de infestação acima de 1%, índice considerado sob controle pelo Ministério da Saúde. Apesar do verão estar terminando, o alto número de focos, que são encontrados principalmente em lixões improvisados, preocupa o poder público.
A força-tarefa contará com representantes da Sesau, da Secretaria Municipal de Infraestrutura, da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), do Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) e da Associação dos Usuários do SUS (Sistema Único de Saúde).
Como muitos focos estão em copos descartáveis, garrafas pet e outros produtos descartados em lixos em áreas públicas e privadas, a Sesau vai realizar uma atuação em conjunto com a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) para limpar as áreas e acabar com os focos da doença.
No geral, a situação é considerada sob controle, já que não há epidemia e o número de casos despencou de 46,6 mil no ano passado para 1.587 de janeiro até ontem. O número de óbitos passou de 12, em 2013, para nenhum este ano.