Espírito do Natal supera valor dos presentes na Cidade de Deus
Natal Presente leva para comunidade carente ações sociais e palavra de fé
“É Natal... Aleluia!”, canta o refrão de um samba-rock adaptado por um grupo musical da 1ª Igreja Batista da Capital com a tradicional melodia natalina. O palco é na comunidade Cidade de Deus, ao lado do bairro Dom Antonio Barbosa, vizinha ao lixão da cidade. É lá que o projeto Natal Presente celebra hoje a razão de uma data muito especial, que vai além da entrega de presentes.
Gente que sofre, que sente falta de muito e que precisa de mais do que bens materiais. A proposta da ação solidária, criada por grupos evangélicos da Capital, é ir muito além da simples entrega de presentes.
“Os presentes, a festa e os bens materiais são apenas ferramentas. Nosso objetivo é oferecer cuidado, conforto através de apoio, levar uma palavra de esperança e superação para cada família”, explica Carlos Wallace, um dos organizadores do evento.
A idéia do Natal Presente foi “importada”. Busca não apenas distribuir presentes, mas se fazer presente entre quem precisa nesta data tão especial. “Estamos aqui desde às 5 horas atendendo as famílias, montando tudo e celebrando este momento. Essa é a essência do projeto”, afirma o jornalista Paulo Cruz, que também organiza a ação.
São ao todo 300 voluntários que passarão boa parte do dia na comunidade. Eles entregarão só hoje 1.100 mil presentes de Natal, todos exclusivos. Caixas de sapato recebem um embrulho especial. Dentro de cada uma vai uma surpresa diferente e uma carta, que busca levar conforto e carinho ao destinatário.
Além dos 1.100 presentes e das apresentações culturais, a comunidade Cidade de Deus receberá 300 cestas básicas. Também será servido um almoço para as famílias do local, além de recreação para crianças.
“Nosso trabalho se foca muito nas crianças. Porque aqui elas estão no limiar entre o bem e do mal. São crianças que vivem em uma situação de grande risco social. É responsabilidade de cada um garantir um caminho melhor para elas. É importante saberem que nos importamos com elas, e que esse envolvimento pessoal vai além de presentes ou bens materiais”, finaliza Paulo Cruz.
