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Capital

Na noite mais fria do mês, 7 recusam acolhimento e um é levado para UPA

Busca ativa do Seas funciona 24 horas por dia e as pessoas abordadas durante a madrugada, que aceitam o atendimento, são encaminhadas ao Cetremi

Danielle Valentim e Bruna Kaspary | 10/07/2018 11:58
Nesta manhã, na Avenida Fábio Zahram, a reportagem encontrou com um homem de 50 anos. Sem dizer o nome, o andarilho estava enrolado em uma manta recebida de doação . (Foto: Saul Schramm)
Nesta manhã, na Avenida Fábio Zahram, a reportagem encontrou com um homem de 50 anos. Sem dizer o nome, o andarilho estava enrolado em uma manta recebida de doação . (Foto: Saul Schramm)

A madrugada desta terça-feira (10) foi a mais fria do mês, com mínima de 8°C e sensação térmica de 5°C. Para evitar tragédias e acolher quem enfrenta o frio das ruas, o Seas (Serviço Especializado em Abordagem Social) passou a noite abordando pessoas e oferecendo acolhimento nos abrigos municipais. Sete moradores de rua recusaram o atendimento, dois foram levados ao Cetremi (Centro de Triagem do Migrante) e um à UPA (Unidade de Pronto Atendimento), do Jardim Leblon. Além das abordagens, sete cobertores foram entregues.

A busca ativa do Seas funciona 24 horas. As pessoas que aceitam o atendimento, são encaminhadas ao Cetremi, pois o atendimento do Centro POP é realizado das 7h30min às 17h30min.

Nesta manhã, na Avenida Fábio Zahram, a reportagem encontrou um homem de 50 anos. Sem dizer o nome, o andarilho estava enrolado em uma manta recebida de doação afirmou morar na rua desde os nove. “Durante no frio eu procuro um lugar aquecido e escondido. Cada dia eu tô num lugar. Hoje estou aqui, amanhã estarei lá embaixo”, disse o andarilho, que seguia para um mercado.

Assim que acolhidos, os adultos ficam temporariamente no Cetremi e o objetivo é de que sejam reinseridos no núcleo familiar ou no caso do migrante, reconduzido à cidade de origem. No Cetremi, neste período de inverno e intenso frio, o número de pessoas no local aumenta chegando a cerca de 100 pessoas, entre migrantes e moradores de rua.

O Centro POP contribui para a inclusão social da população de rua, busca respeitar a dignidade do morador de rua e resgatar os vínculos familiares ou comunitários. O Centro conta com uma equipe multidisciplinar com psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e advogados.

Acolhimento - A abordagem de rua é feita pela equipe técnica da SAS. O serviço realiza busca ativa nas ruas e pontos de encontros deste público, buscando acolher quem estiver em situação de risco pessoal e social visando garantir proteção integral das pessoas que se encontram nesta situação. Neste período de frio, o trabalho é intensificado.

O Seas funciona por 24h, acionando o telefone 8405-9528, contando com uma equipe psicossocial. O Centro Pop atende pessoas em situação de rua, com higienização e alimentação. O atendimento é realizado das 7h30min às 17h30min e fica na Rua Joel Dibo, 255.

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