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Capital

Nos postos de atendimento, cai faixa etária e aumenta índice de embriaguez

Postos foram montados na Esplanada, Fernando Corrêa e Praça do Papa; maioria chega quase desacordada por álcool ou drogas

Silvia Frias | 25/02/2020 12:03
Nos postos de atendimento, cai faixa etária e aumenta índice de embriaguez
Embrigada, jovem cortou um dos pulsos depois de brigar com namorado (Foto: Marcos Maluf)

No posto montado na antiga estação, na Esplanada Ferroviária, os alcoolizados chegam carregados pelos amigos, praticamente desacordados. Chama a atenção da equipe o fato dos casos envolverem pessoas cada vez mais jovens e com exagerado consumo de álcool.

Os postos foram montados na Esplanada, na Praça do Papa e na Avenida Fernando Corrêa da Costa, com atendimentos a partir das 14h até a madrugada de hoje. Segundo o coordenador geral de urgência da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Yama Higa, foram 36 atendimentos nos três locais.

Na Esplanada, foram 22 atendimentos, sendo um ferimento por arma de fogo, duas suturas e o resto, consumo de álcool ou droga, todos, envolvendo pacientes de 14 a 18 anos. Na Avenida Fernando Corrêa, foram oito atendimentos e, destes, três menores de idade.

Nos postos de atendimento, cai faixa etária e aumenta índice de embriaguez
No isopor, cooler ou nos ambulantes, o acesso fácil ao consumo de álcool (Foto: Marcos Maluf)

Na Praça do Papa, no primeiro dia de desfile das escolas de samba, foram seis atendimentos, nenhum deles de menores. Segundo Higa, um idoso sofreu crise hipertensiva, uma mulher com crise de ansiedade e, o restante, por consumo excessivo de álcool.

Este é o segundo ano que a prefeitura monta postos de atendimentos durante Carnaval. Já no ano passado, o consumo de álcool e drogas por crianças e adolescentes chamou atenção e, este ano, os postos contam com integrantes do Conselho Tutelar e da Secretaria Municipal de Assistência Social. “Usamos essa estratégia para tentar minimizar o problema”, disse Higa.

Mas, desde o primeiro dia do serviço, o consumo excessivo de álcool chama atenção na Esplanada e na Avenida Fernando Corrêa. Na Praça do Papa, Higa diz que o perfil do público é diferente e, por isso, ocorrências com menores é menos recorrente.

Nos locais dos blocos e shows, os jovens chegam cedo, com isopor ou compram bebida dos diversos ambulantes. A partir das 17h, os primeiros alcoolizados começam a chegar aos postos. Há alguns que recusam atendimento e vão embora, mas, se for menor de idade, somente poderá ir embora depois da chegada dos pais ou responsável. “Tem uns que chegam quase desacordados, outros bem agitados”.

Na madrugada de 23 para 24, chamou atenção o caso da criança de 12 anos alcoolizada e outra de 13, que a mãe se recusou a ir buscá-lo e foi preciso deslocar carro até a casa da família.

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