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Capital

Nos últimos 3 meses de vida, casal dividiu experiências ao volante de caminhão

Alex e Patrícia morreram em acidente de trânsito, na manhã de ontem, no anel rodoviário da BR-163

Por Viviane Oliveira e Kamila Alcântara | 25/02/2024 11:07
Caminhão com as coroas de flores (Foto: Kamila Alcântara)
Caminhão com as coroas de flores (Foto: Kamila Alcântara)

Velados juntos numa capela da Rua Itapemirim, no Bairro Moreninhas, Alex Barbosa Santana, de 33 anos, e a namorada, Patrícia Brito Valensuela, de 34 anos, mortos em acidente envolvendo o carro que ocupavam e uma carreta na madrugada de ontem (24), foram sepultados por volta das 10h deste domingo (25). Eles eram caminhoneiros e se conheceram quando trabalhavam na mesma empresa. No cortejo, as coroas de flores foram levadas na carroceria de uma caminhão, em homenagem ao casal.

O acidente aconteceu no anel rodoviário da BR-163 no Km 469, em frente ao posto de combustíveis Pinhalzinho, na região do Jardim Itamaracá, em Campo Grande. Os corpos do casal ficaram presos nas ferragens. O motorista, de 67 anos, que dirigia a carreta de 9 eixos envolvida no acidente foi preso em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e omissão de socorro, por ter saído do local do acidente.

No velório do casal, a ajudante de motorista Simires Felício, de 34 anos, contou que trabalha na mesma empresa que Patrícia, as duas iam e voltavam juntas. "Ela era muito atenciosa e carinhosa. A gente era muito amigas, tínhamos muita coisa em comum para compartilhar, inclusive filhos da mesma idade”, contou. Patrícia deixou três filhos, de 16, 9 e 7 anos.

Alex e Patrícia morreram em acidente de trânsito na manhã de ontem (Foto: reprodução / rede social)
Alex e Patrícia morreram em acidente de trânsito na manhã de ontem (Foto: reprodução / rede social)

Segundo Simires, Patrícia e Alex namoravam há 3 meses, se conheceram quando trabalhavam na mesma empresa. “Ela era motorista de caminhão truck numa empresa de iogurtes e trabalhava na cidade mesmo. Já Alex dirigia caminhão frigorífico e transportava carnes para outros estados. Eles estavam cheio de planos. Tanto que ele a ajudava na reforma da casa dela no Bairro Centro-oeste”, contou.

Também motorista de caminhão, Uilian Araújo, de 33 anos, disse que foi criado junto dos primos, de Alex e das irmãs gêmeas dele. "Alex era uma pessoa muito alegre e companheiro. Ele era presente na vida dos filhos de Patrícia, era um 'paidrasto'”, destacou o primo.

Segundo o amigo de infância de Alex, Fagner Cazé, de 32 anos, os dois cresceram juntos, no Jardim Colibri. “Nunca existirá alguém como ele. A lembrança dele será eterna e o que fica é a saudade”, disse muito emocionado. O casal foi sepultado no Cemitério Nacional Parque.

Carro que o casal ocupava ficou totalmente destruído (Foto: Paulo Francis)
Carro que o casal ocupava ficou totalmente destruído (Foto: Paulo Francis)

Acidente - Conforme boletim de ocorrência, o Honda City, em que o casal seguia, trafegava pela BR-163 no sentido Capital, quando colidiu no lado esquerdo do segundo semirreboque, do sexto eixo da carreta, que saia do posto de combustíveis. Os dois ocupantes do veículo morreram.

Ainda de acordo com o registro policial, o condutor da carreta, homem de 67 anos, morador de Corumbá, deixou o local, parando no pátio de uma concessionária, onde ligou para a empresa na qual trabalha, informando sobre o acidente. Quando a polícia chegou, o motorista não foi encontrado e só apareceu dois para dar a sua versão sobre os fatos.

Alerta - A Polícia Civil informa que, conforme o art. 301 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), em caso de acidente de trânsito com vítima, se o condutor prestar socorro imediato, "não lhe é imposta prisão em flagrante, e não é exigida fiança". Quando não há a prestação de socorro, o condutor pode efetivamente ser preso em flagrante delito, respondendo por tipos penais majorados ou qualificados, a depender da gravidade das lesões, com pena de até 5 anos de reclusão.

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