Novo chefe promete valorizar categoria e ampliar combate à criminalidade
O delegado Marcelo Vargas assumiu a chefia da DGPC (Delegacia Geral de Polícia Civil) nesta segunda-feira (11) prometendo trabalhar pela valorização da categoria e intensificar o combate à criminalidade. Ele substitui Roberval Maurício de Souza, que ocupou o cargo por um ano e quatro meses e agora irá se aposentar.
Em um primeiro momento, o novo delegado-geral quer otimizar o trabalho da corporação. “Agora eu abraço esse desafio. O objetivo agora é manter um bom trabalho e fazer mais com o mesmo e, num futuro, poder fazer mais com mais”.
Vargas, durante o discurso, lembrou o início da carreira, quando foi aprovado no concurso da Polícia Civil há 27 anos, tendo passado por diversas delegacias desde então, como o Garras (Delegacia Especializada em Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), além de ter trabalhado em casos de grande repercussão, como o assassinato de Dorcelina Folador, prefeita de Mundo Novo morta em 1999.
Durante o evento, Roberval despediu-se dos colegas de corporação. “Encerro hoje o desafio iniciado há um ano e quatro meses”. Ele também falou sobre o início da carreira, quando começou a trabalhar na polícia como contratado há 30 anos. Durante o curto tempo à frente da DGPC, ele procurou fortalecer a polícia e integrá-la com as demais forças de segurança.
Uma vez aposentado, o ex-delegado geral afirma que irá se dedicar à religião e ao seu hobby favorito: a pescaria.
Já o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), aproveitou o discurso para mandar um recado à categoria, que atualmente briga por reajuste. Ele disse que está aberto ao diálogo e lembrou que é preciso manter os esforços para manter uma política de segurança pública de qualidade. “Polícia não tem que partido, nem ter lado”, disse.
“Não podemos aceitar algum movimento querendo prevalecer e fazer estardalhaço. É preciso ter responsabilidade”, continuou Reinaldo.
O gestor lembrou que o Estado e o País passam por uma grave crise econômica, sendo preciso que o poder público aja com responsabilidade. “É preciso cumprir as obrigações básicas. Caso seja extrapolado isso, quem sofre é a população. Desde 1929 não se enfrentava uma crise de tamanha proporção. É preciso, portanto, que haja prudência”, pontua.
O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, afirmou, sem citar dados, que Mato Grosso do Sul teve uma considerável redução na violência e criminalidade e prometeu brigar por recursos para o setor, como por exemplo projeto que destina 20% das emendas parlamentares para a segurança.
“Nós iremos trabalhar bem mesmo com todas as dificuldades e a Polícia Civil é muito importante para que a gente possa ter êxito nisso”.