Ônibus clandestino dá "balão" em passageiros depois de fiscalização em rodovias
Segundo Agems, uma das hipóteses é que motorista ficou sabendo de apreensões e desistiu da viagem
Cerca de 20 pessoas tiveram viagem cancelada na manhã desta quinta-feira (16), em Campo Grande, depois que uma empresa de transporte rodoviário por aplicativo desistiu de realizar a viagem da Capital até Dourados. Os passageiros esperaram cerca de 2h, mas o ônibus não apareceu.
Desde terça-feira (14), a Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul) intensificou a fiscalização contra transportes clandestinos de pessoas nas rodovias do Estado e para os fiscais, as fiscalizações foram a causa do "balão" desta quinta.
"Nossas hipóteses é que o motorista tenha descoberto da fiscalização de hoje e desistido, para não ter o ônibus apreendido, ou que a empresa ficou sem veículos disponíveis, já que apreendemos vários ônibus que prestam serviço para esse aplicativo específico", contou Hélio Leite da Silva, chefe de fiscalização da Agems.
Entre solteiros e casais com crianças, as cerca de 20 pessoas ficaram mais de 2h na Avenida Costa e Silva, no Bairro Vila Progresso, esperando o ônibus chegar. "Primeira vez que uso esse aplicativo e já me decepcionei. Aqui no aplicativo fala que o ônibus tá aqui, tem foto do modelo e placa, mas ele não apareceu. Preciso ir pra Dourados hoje", disse o estudante Enzo Parron, de 18 anos.
Morando em Ponta Porã, Enola Grace, de 35 anos, também estudante, veio para Campo Grande visitar o marido e agora, tenta voltar para casa para terminar o ano letivo. "Estamos aqui tomando bolo, ninguém dá informação, no aplicativo não tem telefone, não tem onde a gente reclamar. Não sabemos se vai vir ou não", disse ela.
Depois da espera, cerca de 10 pessoas desistiram e foram embora, algumas disseram aos companheiros de viagem que iriam para rodoviária, outros seguiram aguardando.
Fiscalizações - Na manhã desta quinta-feira (16), mais dois ônibus foram apreendidos por fiscais da Agems na BR-262, na saída para Terenos. Os veículos não tinham autorização para transporte de pessoas nas rodovias e serão encaminhados para o pátio de uma empresa terceirizada. No meio do caminho, um dos ônibus chegou a quebrar na Avenida Afonso Pena.