Ossada é levada para perícia e polícia usa farejadores em cemitério clandestino
Polícia encontrou esqueleto completo e osso a mais reforça tese de que mata era usada por tribunal do crime
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Ossada humana encontrada em mata no Bairro Santo Eugênio, em Campo Grande, já foi levada para perícia no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). Durante levantamentos feitos no local, próximo a Córrego Bálsamo, peritos encontraram osso que parece não se da mesma pessoa, o que reforça a tese de que a área é usada como cemitério clandestino.
“Não tenho ideia de quantos corpos possam estar aí dentro”, afirmou o delegado Carlos Delano, da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios). A Polícia Civil pediu reforço do Corpo de Bombeiros para as buscas, que nesta tarde continuam com a ajuda de cães farejadores.
Laika e Mali, as cadelas das raças pastor holandês e pastor belga malinois, respectivamente, que recentemente receberam Certificado Nacional de Cães de Busca, Resgate e Salvamento, farão o trabalho.
A primeira ossada encontrada estava completa, sem sinais de que o corpo tenha sido desmembrado, por exemplo. No local, foram encontrados restos de roupas, calçado e um pedaço de borracha, que pode ter sido usado para amarrar a pessoa, possivelmente vítima de tribunal do crime, conforme as investigações. Não foi possível confirmar se se trata de um homem ou vítima do sexo feminino.
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Para não atrapalhar as investigações, o delegado afirma que não pode dizer como surgiu a suspeita de que o local funciona como cemitério clandestino, mas informou que os primeiros restos mortais encontrados estavam no local há muito tempo, em cova rasa, numa área de brejo. A hipótese é que enxurrada tenha desenterrado o corpo parcialmente.
Mais cedo, Delano havia dito que o trabalho investigativo começou no fim de semana e tem apoio do GOI (Grupo de Operações e Investigações).
Em 2016, Campo Grande conheceu o “Cemitério de Nando”, no Bairro Danúbio Azul. O assassino acumula 175 anos de pena.