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Capital

Ossada é levada para perícia e polícia usa farejadores em cemitério clandestino

Polícia encontrou esqueleto completo e osso a mais reforça tese de que mata era usada por tribunal do crime

Anahi Zurutuza e Ana Paula Chuva | 05/07/2021 13:41
Funerária faz retirada de restos mortais após levantamentos da perícia no local (Foto: Marcos Maluf)
Funerária faz retirada de restos mortais após levantamentos da perícia no local (Foto: Marcos Maluf)

Ossada humana encontrada em mata no Bairro Santo Eugênio, em Campo Grande, já foi levada para perícia no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). Durante levantamentos feitos no local, próximo a Córrego Bálsamo, peritos encontraram osso que parece não se da mesma pessoa, o que reforça a tese de que a área é usada como cemitério clandestino.

“Não tenho ideia de quantos corpos possam estar aí dentro”, afirmou o delegado Carlos Delano, da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios). A Polícia Civil pediu reforço do Corpo de Bombeiros para as buscas, que nesta tarde continuam com a ajuda de cães farejadores.

Laika e Mali, as cadelas das raças pastor holandês e pastor belga malinois, respectivamente, que recentemente receberam Certificado Nacional de Cães de Busca, Resgate e Salvamento, farão o trabalho.

Laika e Mali se embrenhando em mata para varredura (Foto: Marcos Maluf)
Laika e Mali se embrenhando em mata para varredura (Foto: Marcos Maluf)

A primeira ossada encontrada estava completa, sem sinais de que o corpo tenha sido desmembrado, por exemplo. No local, foram encontrados restos de roupas, calçado e um pedaço de borracha, que pode ter sido usado para amarrar a pessoa, possivelmente vítima de tribunal do crime, conforme as investigações. Não foi possível confirmar se se trata de um homem ou vítima do sexo feminino.

Osso encontrado no local parece ser de outra pessoa, já que primeiro esqueleto humano está completo (Foto: Marcos Maluf)
Osso encontrado no local parece ser de outra pessoa, já que primeiro esqueleto humano está completo (Foto: Marcos Maluf)

Para não atrapalhar as investigações, o delegado afirma que não pode dizer como surgiu a suspeita de que o local funciona como cemitério clandestino, mas informou que os primeiros restos mortais encontrados estavam no local há muito tempo, em cova rasa, numa área de brejo. A hipótese é que enxurrada tenha desenterrado o corpo parcialmente.

Mais cedo, Delano havia dito que o trabalho investigativo começou no fim de semana e tem apoio do GOI (Grupo de Operações e Investigações).

Em 2016, Campo Grande conheceu o “Cemitério de Nando”, no Bairro Danúbio Azul. O assassino acumula 175 anos de pena.


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