Paciente com dengue espera até 6 horas para ser atendida em UPA
Mesmo com a situação de emergência e o estado de alerta decretados em função da epidemia de dengue, a população continua reclamando da demora no atendimento das UPAS (Unidades de Pronto Atendimento) e Centros Regionais de Saúde.
Quem passou por esta situação foi Lucilene Espinosa, moradora na Vila Pioneiros, que mesmo com sintomas da doença, esperou pelo menos seis horas para serem atendida.
Ela chegou às 11h15 na UPA Universitária e só conseguiu ser atendida por volta das 17 horas, seis horas depois, quando o médico a encaminhou para tenda montada no pátio da unidade, onde até permanece até 18h30 tomando soro.
Nesta segunda-feira terá cumprir esta mesma maratona, quando ficará pronto o exame de sangue para o médico de plantão avaliar, com base no número de plaquetas sanguineas, se fato está com dengue.
"Estou com manchas pelo corpo e muita dor', relata, indignada com a morosidade. "Na recepção informaram que havia cinco médicos de plantão, mas a triagem ficou duas horas parada, por causa de três emergências. Pelo que percebi, só havia mesmo um plantonista, auxiliado por dois médicos residentes".
Reclamação parecida foi manifestada ao Campo Grande News, pelo indígena Joelson Salustiano, morador na Aldeia Água Bonita. Ontem e hoje levou a esposa, Jaqueline Merielle, ao Centro Regional de Saúde Nova Bahia. Ontem ela ficou mais de quatro sentada na recepção do posto à espera do atendimento.
Com muitas dores, o médico pediu exames e que retornasse neste domingo. Hoje chegou ao posto às 10h50 e só foi atendida ás 16 horas, quando saiu com o diagnóstico de que está com infecção urina. Além de toda o esta dificuldade, teve de desembolsar R$ 48,00 para comprar o remédio receitado (um antibiótico) porque não está disponível na farmácia do posto.