"Pacientes não podem ficar nos corredores por mais de 24 horas", diz promotora
Em coletiva nesta tarde, promotora Filomena Fluminham alerta sobre superlotação de UTIs e pede ajuda da população
“Não podemos permitir que pacientes fiquem no corredor ou no pronto atendimento. Eles não podem ficar ali mais que 24 horas”. Com essas palavras, a promotora de Justiça, Filomena Fluminham, falou sobre a ação proposta pela 32ª Promotoria para ampliar leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Campo Grande.
O pedido ainda não foi apreciado pelo juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais, que já intimou a prefeitura e o Governo do Estado a se posicionarem dentro de 24 horas em relação à petição.
Conforme a promotora, a rede de saúde, seja ela pública ou privada em Campo Grande, está à beira do colapso, diante de ocupação que, muitas vezes, ultrapassa o limite instalado de vagas de UTI, com pacientes com covid-19 permanecendo internados em corredores adaptados ou nos prontos socorros.
"Estamos próximos ao colapso da saúde. Além dos leitos, precisamos de comprometimento da população”, sustentou a promotora, enfatizando que o pedido foi apenas de ampliação de leitos porque a imposição de medidas mais restritivas e duras dependem do Poder Público.
“Nós preferimos registrar que o MP está com a ação cívil pública. As medidas de restrição e economia são dos gestores. A decisão é do gestor de qual medida tomar ou não”, afirmou, sinalizando, no entanto, que a atitude pode ser reavaliada caso a situação piore.
Em alerta, Filomena disse que este precisa ser um “momento de comprometimento social”, mas que “não estamos vendo isso na população”, sobre o distanciamento social e cumprimento de medidas restritivas.
“Têm havido vários casos de pessoas que não possuem comorbidades. Se cuidem! Nós podemos não ser a exceção. Não tem como saber, então se cuidem!”, salientou.