Para acelerar processos, TJ usará robô que identifica réus mortos
Maquinário automatizado foi apresentado durante premiação jurídica, na tarde desta sexta-feira (29)
TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) apresentou, nesta sexta-feira (29), um robô que promete identificar réus já falecidos, e assim, acelerar o andamento de processos judiciais . O lançamento ocorreu durante a cerimônia de entrega do Selo Jurisdição Eficiente, que premia iniciativas que melhoram a eficiência do Judiciário.
Desenvolvido pela Secretaria de Tecnologia e Informática do Tribunal, o robô promete realizar até 900 consultas por hora, analisando várias filas de processos simultaneamente. Ao detectar um óbito, o sistema anexa automaticamente a certidão ao processo, eliminando a necessidade de verificações manuais que costumam atrasar as decisões.
Nos testes iniciais, o robô já demonstrou impacto positivo. Em uma vara criminal de Campo Grande, foram identificados 65 mortes em 1.806 processos, reduzindo significativamente o trabalho manual e acelerando os trâmites.
Segundo a nota enviada à imprensa, atualmente, o TJMS administra cerca de 144 mil processos criminais, e a falta de integração de dados tem causado atrasos.
A juíza Adriana Lampert, idealizadora do projeto, destacou a importância do sistema automatizado, que realiza consultas proativas sobre as mortes em âmbito sul-mato-grossense. "Frequentemente, só descobrimos que o réu faleceu durante uma audiência marcada anos antes. Esse robô permite identificar óbitos de forma rápida e eficiente, consultando automaticamente o sistema Serp (Sistema Eletrônico dos Registros Públicos) do CNJ (Conselho Nacional de Justiça)", explicou a magistrada.
"Essa inovação não apenas soluciona problemas de ineficiência, mas também contribui para um Judiciário mais sustentável e desburocratizado", afirmou Lampert.
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