Para evitar "despejo", estudantes ocupam Diretório Central da UFMS
Manifestação foi motivada após prédio ter móveis retirados e fechaduras trocadas na ausência dos alunos
Cerca de 60 alunos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ocupam, desde o final desta tarde (13) o DCE (Diretório Central de Estudantes) da unidade, em Campo Grande. A manifestação é uma tentativa de reverter o anúncio feito pela reitoria de que eles teriam que desocupar a prédio do diretório, que fica no corredor central da universidade.
O local, segundo os manifestantes, serve como sede das atividades dos acadêmicos há pelo menos 30 anos. O impasse teve início no último dia 26 de fevereiro, quando a pró-reitora da universidade teria dado um prazo de 48 horas para que os alunos desocupassem a sala.
O prazo, no entanto, seria menor do que o estabelecido em resolução de 2015 que prevê até 30 dias para desocupação. Durante o recesso de Carnaval, ainda segundo os estudantes, a administração teria trocado as fechaduras da sede e retirado alguns dos objetos dos estudantes.
Diante da interdição do diretório, os acadêmicos votaram pou uma ocupação pacífica por tempo indeterminado. A movimentação começou no final desta tarde com manifestação pelos corredores da universidade federal até a concentração no DCE.
“A manifestação, inclusive, foi acompanhada pela guarda e um próprio representante da universidade”, comentou o advogado do DCE, Gialyson Corrêa.
Mesmo com as portas trancada os alunos garantem que conseguiram abrir o prédio, sem a necessidade de arrombamento e pretendem levar a ocupação noite a dentro ou até terem um novo posicionamento da reitoria.
Ainda segundo Gialyson a intenção dos estudantes é de que a UFMS não os desculpe da instalação, que fica entre as agências bancárias do corredor central da universidade.
“Este local é historicamente do DCE, usado há pelo menos 30 anos, mas os alunos estão abertos ao diálogo. Queremos que o local seja mantido como sede ou no mínimo, que nos realoquem para uma outra sala com a mesma estrutura ou melhor”, conclui.
A reportagem tentou falar com a UFMS por meio da asessoria de imprensa, mas não não conseguiu contato até esta publicação.