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Capital

Parque das Nações será “casa” de abelhas sem ferrão a partir de janeiro

O local vai receber 36 caixas com 12 espécies de abelhas, no total

Izabela Cavalcanti | 26/12/2022 12:28
Comunidade de colméias já foi instalada, mas ainda será habitada. (Foto: Paulo Francis)
Comunidade de colméias já foi instalada, mas ainda será habitada. (Foto: Paulo Francis)

O Parque das Nações Indígenas vai receber um meliponário (coleção de colmeias de abelhas sem ferrão), no fim da primeira quinzena de janeiro de 2023. Espacinho em um dos bosques, já conta com 36 caixas que abrigarão 12 espécies de abelhas. O projeto é da Alespana (Associação Leste Pantaneira de Apicultores) com apoio da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural).

Conforme informações da zootecnista da Agraer, Jovelina Oliveira, o objetivo é tornar mais populares as espécies de abelhas nativas sem ferrão. “Elas são instrumentos importantíssimos na preservação ambiental, em especial por realizarem a polinização responsável por manter a flora da nossa região. Além disso, são inofensivas (diferentes das espécies trazidas de outros continentes) e as pessoas podem ter em casa uma caixa com uma colmeia, como um pet, atividade que está se tornando cada vez mais comum”, explica.

Serão abelhas das seguintes espécies: Tetragonisca fiebrigi (Jataí), Tetragona clavipes (Borá), Scaptotrigona sp. (Mandaguari), Leurotrigona muelleri (lambe-olhos), Plebeia remota (Mirim-guaçu), Plebeia lucii (Mirim Luci), Melipona orbignyi (Manduri do Mato Grosso ou Mandaçaia Pantaneira), Frieseomelitta varia (Marmelada), Melipona rufiventris (Uruçu Amarela), Melipona quadrifasciata quadrifasciata (Mandaçaia), Nannotrigona testaceicornis (Iraí) e Plebeia julianii (Mirim Juliani).

Placa informa objetivo do projeto e avisa que as abelhas não têm ferrão. (Foto: Paulo Francis)
Placa informa objetivo do projeto e avisa que as abelhas não têm ferrão. (Foto: Paulo Francis)

Visitas – No meliponário do Parque das Nações, será possível fazer visitas guiadas, que devem começar na segunda quinzena do próximo mês. O telefone para realizar os agendamentos é o (67) 3318-5137.

O local de cultivo das abelhas fica atrás do prédio da Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul). É possível chegar ao local entrando no Parque das Nações pela Avenida Afonso Pena, no Portão Guarani. O local é cercado para evitar furtos das caixas.

Projeto – Segundo a Agraer, a Alespana apresentou o projeto dos meliponários ao Governo Federal, para obtenção dos recursos pelo Funles (Fundo de Defesa e Reparação de Interesses Difusos e Lesados), criado pela Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.

A finalidade do Funles é a reparação dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico, paisagístico, por infração à ordem econômica e a outros interesses difusos e coletivos. Entram nesse fundo as verbas oriundas de multas e condenações judiciais que os infratores das leis ambientais pagam.

Por outro lado, a Agraer entrou com a parte técnica para a concretização do projeto, disponibilizando as caixas, ambientação e execução do meliponário.

O projeto contemplou a implantação de duas "comunidades de colméias", uma em Campo Grande, a do Parque das Nações Indígenas, e outra em Aquidauana, na Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). Além disso, a Agraer entrou em contato com a Prefeitura de Aquidauana e aguarda para poder instalar um terceiro na Lagoa Comprida.

O valor para implantação dos três meliponários e dos cursos que já foram realizados foi de R$ 109 mil.

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