Perito pede atualização de exames e laudo sobre Fahd não tem prazo
Documento vai servir de base para juiz decidir sobre pedido de prisão domiciliar ao "Rei da Fronteira"
Não vai dar tempo de o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) entregar nesta sexta-feira (30) o laudo da perícia médica feita em Fahd Jamil, 79 anos, que está preso no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros). Esse era o prazo previsto durante audiência de custódia feita no dia 20 de abril, mas o perito responsável pediu mais tempo, sob alegação de não ser possível responder às perguntas sobre a saúde do preso formuladas por defesa e acusação.
Assim, o “Rei da Fronteira” permanece no Garras até segunda ordem.
O documento do Imol vai determinar a decisão do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, sobre pedido de prisão domiciliar feito na semana passada, quando a preventiva do réu na operação Omertà foi mantida. Ele se entregou no Aeroporto Santa Maria, depois de 10 meses como foragido.
Segundo a reportagem apurou, os quesitos sobre o estado de saúde de Fahd Jamil dependem de resultados de exames novos a serem feitos. Aqueles entregues pela defesa estão desatualizados.
Conforme a informação obtida junto à equipe de assessoria do magistrado, foi dado novo prazo, além de solicitado aos advogados que providenciem os exames necessários. O perito terá cinco dias, depois dos resultados em mãos, para fazer o laudo.
Fahd Jamil, conforme seus representantes legais, tem saúde frágil para ficar encarcerado. A alegação é de que tem diabetes, hipertensão, problemas na coluna, além de respirar com apenas 30% da capacidade de um dos pulmões. O outro foi retirado em razão de um câncer.
Contra ele, existem três ações judiciais, por crimes de organização criminosa, tráfico de armas, corrupção ativa, obstrução de justiça e homicídio.