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Capital

"Personal" some com R$ 20 mil de alunos inscritos em corrida

O caso está registrado na Polícia Civil como estelionato e também será investigado pelo CREF/MS

Por Ana Beatriz Rodrigues | 06/09/2024 15:12
Crime foi registrado na 2ª Delegacia de Polícia Civil, que investiga o caso. (Foto: Google)
Crime foi registrado na 2ª Delegacia de Polícia Civil, que investiga o caso. (Foto: Google)

O que era para ser um evento esportivo legal em família, tornou-se motivo de raiva para a estudante de enfermagem Eloisa de Lima Cristaldo de Oliveira Strege, de 31 anos. Ela e mais alguns alunos de uma academia de Campo Grande perderam dinheiro após se inscreverem em uma corrida organizada pelo suposto personal trainer Rafael Souza da Silva, o que nunca aconteceu.

Ao Campo Grande News, Eloisa contou que pagou R$ 220 de inscrição, pois iria com a família toda. “Tinham vários banners da corrida espalhados pela academia, por isso nem desconfiei, além de supostos patrocinadores. Depois que não consegui contato, procurei a academia e fui informada que ele havia sido desligado e que tudo não passou de um golpe. Entre inscritos e patrocinadores, ele fugiu com R$ 20 mil”, contou Eloisa.

“A recepcionista da academia informou que a empresa contratada para confecção das medalhas também levou prejuízo de R$ 6 mil reais. Lá, me pediram para colocar o meu nome e telefone num caderno que iriam fazer um grupo com as vítimas”, comentou.

Eloisa disse que durante a conversa com funcionária da academia, a menina havia dito para ela que o dono do local e a advogada já tinham feito uma reunião para tratar sobre o assunto, mas ela não sabia o que ficou decidido.

A corrida estava sendo divulgada na academia e no perfil do "personal" (Foto: Divulgação)
A corrida estava sendo divulgada na academia e no perfil do "personal" (Foto: Divulgação)

Chateada com a situação, a estudante contou que a corrida foi muito divulgada e que inicialmente era para acontecer no dia 25 de agosto deste ano, mas por conta do mau tempo, foi adiada para o domingo seguinte.

“Quando foi perto das 22h do sábado, o Rafael informou que não aconteceria a corrida por conta da Agetran e que na segunda-feira já faria o estorno, o que não aconteceu”, pontuou.

A reportagem procurou o registro profissional do acusado e não foi encontrado. Em contato com o Conselho Regional de Educação Física, eles explicaram que, se comprovarem que o Rafael dava aulas em academia sem registro profissional, os locais em questão podem ser multados pelo conselho.

Por meio de nota, eles disseram que “até o momento não foi demandado ou oficializado sobre a suposta conduta de um profissional de educação física acusado de aplicar golpes em uma academia onde atuaria como personal trainer”.

A academia também foi procurada por ligação e por mensagem para prestar esclarecimentos, mas até a publicação dessa matéria não obtivemos resposta. O espaço segue aberto. O caso está registrado na Polícia Civil e será investigado.

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