Perto do fim de prazo, Central do Cidadão ainda funciona irregularmente
O prazo para regularizar o prédio da Central de Atendimento ao Cidadão, em Campo Grande, que não tem um plano de incêndio e pânico, termina no próximo dia 10 de fevereiro e até agora nada foi feito para resolver o problema. O local funciona irregularmente desde julho de 2013 e continua a operar da mesma forma, após um princípio de incêndio ocorrido há duas semanas.
Procurada pela reportagem a Prefeitura não informou quais mudanças foram realizadas para solução do caso. A Administração Municipal disse apenas que iria ajustar alguns itens estabelecidos pelo, mas que não haverá “obra física”. Apenas “serão medidas internas de adequação ao que foi apontado pelos bombeiros”.
O Corpo de Bombeiros, responsável pela vistoria do prédio, infirmou que até agora a Prefeitura não entrou com recurso contra a multa aplicada no valor de R$ 9.160. Em relação a notificação para regularizar o funcionamento da Central, o prazo dado é de 30 dias. Caso as mudanças necessárias não tenham sido realizadas até lá, outra notificação e uma nova multa – com valor em dobro – serão aplicadas.
Duas semanas atrás – no dia 11 de janeiro – um princípio de incêndio interditou o prédio da Central do Cidadão. O fogo começou após curto circuito em uma lâmpada, e as chamas deixaram todo o saguão tomado por fumaça.
Funcionários da própria Central do Cidadão alertaram as pessoas que estavam no local sobre o perigo e orientaram a todos a saírem. Além disso, a bomba de água disponível no local não funcionou. O fogo só foi controlado com a chegada dos bombeiros, pois a lâmpada em chamas era de difícil acesso.
No mesmo dia o prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP) prometeu regularizar a situação do prédio da Central de Atendimento ao Cidadão, “o mais rápido possível”. O que até agora não foi feito, mas o local voltou a funcionar normalmente um dia após o incêndio.
O plano de incêndio e pânico atende um exigência do Corpo de Bombeiros para o funcionamento do local, irregular desde julho de 2013.
O tenente-coronel Hudson Farias de Oliveira, chefe da assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros da Capital, informou que a multa corresponde aos problemas na manutenção da bomba de água e ainda a falta de sistema de alarme e iluminação de emergência.
“Também não foi apresentado o atestado de conformidade elétrica, que deve ser emitido por um engenheiro. E a Brigada de Incêndio não é certificada pelo Corpo de Bombeiros”, explicou.
Caso as adequações não sejam feitas o prédio poderá ser interditado. “Se os problemas persistirem na nova vistoria, a multa será em dobro. E na terceira visita, no prazo de 60 dias, se não resolverem o prédio será interditado”, afirma o coronel.