PM assassinou marido em SP antes de se matar em MS
Jorge Augusto Rivarola Saito foi encontrado com dois tiros no peito, em Presidente Epitácio
A mulher encontrada morta dentro de uma caminhonete, na manhã desta terça-feira (20), na área rural de Campo Grande, se trata de Cássia Silva Machado, de 32 anos, policial militar lotada em Mato Grosso do Sul. Informações são de que ao mesmo tempo, o marido dela, Jorge Augusto Rivarola Saito, de 36 anos, que também é PM aqui no Estado, foi achado morto em Presidente Epitácio (SP), onde os dois moravam.
Ambos eram cabos, lotados em Bataguassu, que fica a 36 km de Epitácio. Ingressaram no mesmo ano na Polícia Militar, em 2015. Conforme registro de dependentes da PM, Cássia deixa dois filhos menores de idade, de outros relacionamentos, o mais velho com 3 e caçula de 1 ano de idade. Jorge aparece oficialmente com 2 filhos também nos registros da Polícia, de 13 e de 11 anos.
A investigação começa agora, mas de acordo com o Major Adolf Hoffmann, ao que tudo indica, a mulher matou o policial no imóvel do casal, com dois tiros no peito e, na sequência, se deslocou até Campo Grande e tirou a própria vida com tiro na cabeça, na estrada da Gameleira.
Os corpos estavam em distância de cerca de 350 quilômetros, o que indica uma viagem de cerca de 4 horas. "Ao que tudo indica foi um suicídio”, explica o major sobre Cássia. O oficial lamenta o ocorrido. “Fato trágico, todos os colegas de corporação relatam que ambos eram pessoas muito humanas, é muito triste”.
Conforme apurou o Campo Grande News, Jorge foi morto na noite dessa segunda-feira (19). Os dois assumiriam o plantão em Bataguassu nesta manhã. Quem encontrou o corpo do homem foram os amigos de corporação, que sentiram falta do colega que não chegou para trabalhar.
De acordo com a delegada Rafaela Lobato, plantonista da Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), as polícias de Mato Grosso do Sul e de São Paulo estarão integradas durante as investigações. “Aparentemente, ambos os casos tem relação. Aqui há indícios de suicídio, mas vamos averiguar se há alguma intercorrência que possa levar a outro crime. Havia um orifício de entrada e saída no crânio dela, da própria arma dela. Não sabemos ainda se a arma utilizada nas duas situações é a mesma. Possivelmente ele faleceu antes dela.”