PM encontrado morto foi atingido na jugular e tinha condenação por matar mulher
No ano passado, Valdecir Ferreira foi condenado em regime aberto
Encontrado morto dentro de casa, o policial militar aposentado Valdecir Ferreira, 59 anos, foi golpeado na jugular, veia no pescoço, e também nas costas. A faca usada no assassinato não foi encontrada e a suspeita é que a vítima foi morta enquanto dormia.
De acordo com o delegado Guilherme Rocha, plantonista da Depac Centro (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), já há suspeitos pelo crime. A declaração foi dada pelo delegado ao deixar o imóvel, no Jardim Azaléia.
Na manhã deste domingo (dia 7), a filha da vítima recebeu ligação informando que o celular do pai foi encontrado no Bairro Bom Jardim. Com medo de ir buscar sozinha, ela resolveu ir até à residência do policial, que morava sozinho.
Quando chegou ao endereço, a porta estava trancada. Ela acionou a PM e autorizou os policiais a arrombarem o imóvel. Quando as equipes entraram, encontraram o homem morto, deitado na cama, com um pano na cabeça e muito sangue nas costas.
No local, havia garrafas e resto de comida, em quantidade indicativa de que outras pessoas estiveram na residência. A última visualização da vítima no aplicativo WhatsApp foi às 2h da madrugada. A suspeita é de latrocínio, roubo seguido de morte.
Em fevereiro do ano passado, Valdecir Ferreira foi condenado a quatro anos de prisão em regime aberto pela morte de Kátia Campos Valejo, de 35 anos. O crime aconteceu na Rua Tintoreto, no Bairro Nossa Senhora das Graças, em outubro de 2016. Ele poderia recorrer da decisão em liberdade.
Em juízo, Valdecir contou que conheceu Kátia em uma conveniência e passou a ter relacionamento amoroso com ela. O crime aconteceu no terceiro encontro que teve com a vitima. A mulher apontou arma para ele, que estava no banho, exigindo dinheiro, Ele a desarmou e efetuou os disparos.
Pena – De acordo com o advogado José Roberto Rodrigues da Rosa, que atuou na defesa do policial aposentado, Valdecir Ferreira chegou a ser denunciado por feminicídio, mas essa qualificadora foi retirada durante o julgamento. “Foi condenado por homicídio simples privilegiado, diante de violenta emoção e logo após injusta provocação. Quase uma legítima defesa”, afirma o advogado.
Ainda segundo a defesa, um último recurso foi esgotado no STF (Supremo Tribuna l Federal) e o policial aposentado deveria começar a cumprir a pena, que era em regime aberto. (Matéria editada às 12h26 para acréscimo de informação)