PM está investigando saída irregular de acusado de planejar morte de juízes
Será aberta uma sindicância para apurar os responsáveis
A assessoria de imprensa da Polícia Militar, informou no fim da tarde de hoje que denúncia sobre o bombeiro preso, Ales Marques, também é investigada pelo serviço de Inteligência da Polícia.
Ainda de acordo com a assessoria, todas as provas serão entregues para a Corregedoria Geral da PM, que vai abrir uma sindicância ou inquérito para apurar os responsáveis e punir os envolvidos.
Detido no Presídio Militar de Campo Grande, o bombeiro Ales Marques, mesmo preso planejava a morte de desafetos e de juízes federais que atuam nos processos no quais é acusado de liderar quadrilha de tráfico internacional de drogas.
Segundo o MPF (Ministério Público Federal), mesmo preso desde julho de 2010, o militar continua usando celulares livremente. Vídeo obtido pela Polícia Federal revela que ele deixou o presídio pelo menos uma vez, no dia 14 de janeiro deste ano sem algema.
Ele saiu em uma viatura da Polícia militar até uma chácara de Campo Grande. O MPF em Mato Grosso do Sul pediu à Justiça a transferência dele para um presídio federal, preferencialmente fora do estado. O pedido foi ajuizado ontem e divulgado nesta sexta-feira.
Ales Marques ocupava a patente de 3º sargento do Corpo de Bombeiros de Ponta Porã, quando foi preso como mandante do assassinato do policial civil Alberico Moreira Cavalcanti, aos 51 anos, em agosto de 2005.
Ele teria encomendado a execução por R$ 25 mil ao traficante. O motivo seria acerto de contas porque o policial abordou o filho do bombeiro durante rachas de carros.
O bombeiro também é suspeito de ter mandado matar um tenente do serviço reservado do Corpo de Bombeiros, que estaria investigando a participação de militares da corporação no tráfico internacional de drogas.