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Capital

Polícia começa a ouvir segunda-feira servidores que teriam sido vacinados

Fernanda Mathias | 08/06/2016 11:00
Servidores citados em lista já estão sendo notificados, diz delegado (Foto:Silas Lima)
Servidores citados em lista já estão sendo notificados, diz delegado (Foto:Silas Lima)

Os servidores públicos municipais que teriam sido indevidamente vacinados no gabinete do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), conforme denúncia, já estão sendo notificados e a previsão é que a partir de segunda-feira comecem a ser ouvidos, segundo o delegado do 1º Distrito Policial de Campo Grande, Fabiano Nagata.

“Estamos intimando com antecedência e expedindo ofícios. Até porque são funcionários públicos, precisamos de tempo para notificar e a partir de segunda-feira devemos começar a ouvir as pessoas para esclarecer o caso”, explica.

A denúncia foi feita pelo jornalista Carlos Roberto Pereira que procurou a polícia no dia 3 de junho para registrar boletim de ocorrência por peculato contra a Prefeitura de Campo Grande. Ele alega ter provas e uma lista com 35 nomes de pessoas que teriam sido imunizadas no gabinete dia 18 de maio, dentre elas o prefeito, dois vereadores, assessores, secretários e familiares dos servidores.

O inquérito para apurar a denúncia foi instaurado ontem, quando Carlos prestou novo depoimento à polícia. A denuncia foi feita depois que o jornalista tentou imunizar a sobrinha, de 22 anos, que está em tratamento contra o câncer e por isso se enquadra no grupo prioritário, mas recebeu informação de que não haveria mais vacina na rede pública de saúde.

Sem fundamentos -Ao Campo Grande News, a prefeitura alegou que Carlos “tem motivação política, inclusive esteve na Câmara Municipal fazendo denúncias contra o prefeito sem nenhuma comprovação”. A Prefeitura diz que não há fundamentos para a denúncia e aponta “onda de boatos sobre sumiço de vacinas” lembrando que foi instaurada sindicância pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para apurar o caso.

Recentemente, a reportagem mostrou a vacinação de grupos não prioritários, falha apontada inclusive pelo governo estadual como responsável pela falta da doses para que todos que integram o grupo de risco fossem imunizados.

A Sesau não explicou onde estão pelo menos três mil doses, diferença entre o volume repassado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) e a cobertura vacinal.

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