Polícia estoura depósito e prende um dos maiores receptadores da Capital

A prisão de um foragido da Justiça que roubava celulares nas ruas de Campo Grande levou policiais militares do Batalhão de Choque a estourarem, na madrugada desta terça-feira (21), o depósito de um dos maiores receptadores de objetos tomados por ladrões na cidade, o comerciante Daniel Prieto Balbuena, 42 anos, conhecido como ‘Pônei’.
Na casa de ‘Pônei’, no Portal Caiobá II, os policiais localizaram mais de 30 objetos que podem ter sido frutos de roubos e furtos. Celulares, bolsas, notebooks, bicicleta, jóias, máquina fotográfica e eletrodomésticos como televisores, aparelhos de DVD e home theater, além de um estetoscópio para uso médico, faziam parte do acervo do acusado.
Segundo sua mulher, a casa atraía interesse constante de prováveis compradores. Em depoimento, ela relatou que o marido nunca explicou a origem dos objetos e sempre os deixava expostos na garagem para a visita de pessoas que iam observá-los.
Além de receptação, Balbuena pode atuar em ramos diversificados: documentos falsificados e 284 gramas de maconha, além de material usado para embalar e pesar a droga, também foram apreendidos em sua casa.
Para a PM, não há dúvidas de que ‘Pônei’ orquestrava uma rede de ladrões a seu serviço para vender objetos tomados e traficar drogas. Suas passagens anteriores pela polícia mostram ao menos três prisões por receptação e duas por venda de drogas desde novembro de 2006.
Um dos acusados a integrar essa rede é Nairton Machado de Moura Neto, 21, conhecido como ‘Batoré’. Foi ele quem levou a polícia à casa de ‘Pônei’ após ser flagrado com um celular roubado horas antes. Seria o segundo a ser vendido ao comerciante. No primeiro, arrecadou R$ 300 junto de um comparsa não identificado.
No currículo, ‘Batoré’ acumulava nove passagens por furto, duas por roubo, uma receptação e quatro falsidades ideológicas. Ele ganhou o direito de responder em liberdade por quatro desses crimes, mas nunca mais compareceu ao fórum e estava considerado foragido.
Os dois acusados, além de todos os objetos e a carga de maconha, foram levados à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, onde o caso foi registrado. A dupla foi indiciada por roubo qualificado, receptação e falsidade ideológica. A origem dos bens será investigada.