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Capital

Policiais assassinados investigavam roubo que durou "30 segundos" em joalheria

Em entrevista à reportagem, nesta manhã, o comerciante afirmou que os ladrões conheciam a rotina dele

Viviane Oliveira e Kerolyn Araujo | 10/06/2020 11:39
Bandido atirou contra comerciante, mas por sorte a arma falhou (Foto: reprodução/vídeo) 
Bandido atirou contra comerciante, mas por sorte a arma falhou (Foto: reprodução/vídeo)

Os policiais civis assassinados com tiro na nuca, na noite de ontem (9), investigavam roubo "de 30 segundos" ocorrido na manhã do dia 21 de maio, na Avenida Calógeras, no Centro de Campo Grande. Assista, abaixo, ao vídeo do roubo. Segundo a vítima foram levados R$ 300 mil em ouro.

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o comerciante de 59 anos sobe a escada carregando as joias numa sacola plástica quando é rendida por um criminoso armado que usava boné e máscara.

Na ocasião, foram levadas duas correntes de ouro, 58 gramas de ouro, 16 gramas de ouro branco, aproximadamente 300 peças com brilhantes, lâminas de cheque e R$ 4,8 mil em dinheiro. Após o roubo, a vítima ainda tentou reagir indo atrás do ladrão, que atirou no comerciante, mas a arma falhou. O comerciante se desequilibrou e chegou a cair na escada.

O bandido, então, fugiu com um comparsa de motocicleta que o esperava na frente da loja. O lojista não conseguiu ver o rosto do ladrão, mas observou que ele tinha uma tatuagem na mão direita, entre o dedo polegar e o indicador.

Em entrevista ao Campo Grande News, nesta manhã, o comerciante afirmou que os ladrões conheciam a rotina dele. Disse que na última segunda-feira (dia 8) os policiais foram na loja pela 3ª vez. "Vasculharam tudo, pegaram várias imagens de câmeras de segurança.  Eles estavam muito empenhados para solucionar o crime, fizeram um trabalho muito bonito e me prometeram que iam pegar os bandidos. Eu fiquei com dó deles, eram pessoas boas", lamentou. O comerciante ficou sabendo da morte dos investigadores pelos jornais.

Após o crime, os bandidos entraram em contato com outros compradores de ouro da cidade e tentaram vender os produtos. Mas como a notícia do assalto já havia se espalhado, ninguém quis comprar.

Caso -  Ontem, os policiais chegaram até Willian Cormelato, que seria o vigilante da joalheria. Apesar de apenas suspeito, ele foi preso por ter mandado em aberto por violência doméstica. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, após depoimento, ele indicou o nome de Ozeias Silveira, que também trabalhava como segurança.

Os investigadores foram até a casa do segundo suspeito e Ozeias também acabou conduzido à delegacia. No caminho, na Rua Joaquim Murtinho, ele tirou um revólver 38 de uma pochete e atingiu os dois policiais na nuca.

Ozeias morreu nesta madrugada após confronto com policiais.  Segundo a polícia, ele foi conduzido como testemunha, e embora não houvesse qualquer mandado, aceitou ser levado.

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