Policiais do Batalhão de Choque são proibidos de atuar em bairros da Capital
Militares foram denunciados pelos crimes de tortura, injúria, violação de domicílio e lesão corporal após ação
Quatro policiais militares do Batalhão de Choque de Campo Grande estão proibidos de realizar policiamento na região oeste da Capital, que compreende os bairros Jardim Aeroporto e Vila Popular. A proibição foi determinada pelo juiz titular da Auditoria Militar, após uma ação considerada truculenta. Os militares foram denunciados pelos crimes de tortura, injúria, violação de domicílio e lesão corporal.
As vitimas das agressões denunciaram o caso ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que inclusive queria a prisão dos policiais envolvidos. A ação está em tramitação na Vara da Justiça Militar, onde juiz Alexandre Antunes de Oliveira indeferiu o pedido de prisão cautelar dos policiais investigados, porém impôs regras alternativas.
Dentre as medidas cautelares, está a proibição para os 4 servidores do Batalhão de Choque de se aproximarem das vitimas, seus familiares e das testemunhas do caso, no limite mínimo de 500 metros. Eles também estão proibidos de manter contato com todos os citados por qualquer meio de comunicação.
Fora a aproximação e contato com as vitimas, os militares estão proibidos de tirar serviço nas áreas de atuação compreendidas pelas residências das vítimas e testemunhas do caso.
De acordo com o Tribunal de Justiça, “como a situação limita-se a apenas 4 policiais e envolve pessoas específicas da comunidade que são ofendidos ou testemunhas desta ação, logo, torna-se evidente que a decisão não é capaz de causar um impacto significativo no policiamento da região”.
O tenente-coronel Augusto Pereira, chefe da assessoria de comunicação social da PM, confirmou a decisão envolvendo os militares e frisou que a decisão não compromete o trabalho realizado pela corporação.
“Não existe proibição do Choque fazer policiamento. A decisão judicial diz respeito aos quatro policiais militares que participaram da ocorrência que ensejou no pedido do MP. Não tem relação com o policiamento executado pela Polícia Militar. O policiamento continua sendo realizado na região normalmente”, apaziguou o coronel.