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Capital

Policial suspeito de estupro tem arma recolhida, mas segue trabalhando na DGPC

Em coletiva hoje, delegado-geral informou que ordem é para policial entregar arma quando deixa serviço

Por Dayene Paz e Antonio Bispo | 22/01/2024 10:39
Delegado-geral, Roberto Gurgel, durante entrevista coletiva. (Foto: Henrique Kawaminami)
Delegado-geral, Roberto Gurgel, durante entrevista coletiva. (Foto: Henrique Kawaminami)

O policial suspeito de estuprar uma mulher, na noite de sábado (20), continua desempenhando suas funções normalmente, mas teve o uso da arma de fogo limitado, conforme decisão da Justiça de Mato Grosso do Sul. O armamento, inclusive, foi utilizado por ele para ameaçar a vítima durante o abuso, conforme o boletim de ocorrência. O servidor é lotado na DGPC (Delegacia Geral de Polícia Civil), segundo Portal da Transparência.

"Teve o porte de arma restrito a seu horário de trabalho, quando o expediente encerra, ele é obrigado a entregar a arma a seu chefe imediato. Além disso, foram deferidas medidas protetivas e ele deve manter distanciamento da vítima", informou o delegado-geral da Polícia Civil de MS, Roberto Gurgel, durante entrevista coletiva à imprensa na manhã desta segunda-feira (22).

Um pedido de prisão foi feito, mas a Justiça negou. O policial continua atuando normalmente no decorrer das investigações e ainda não foi ouvido pela equipe da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), que está à frente da investigação.

Entenda - O policial civil é suspeito de ameaçar uma mulher com arma de fogo e estuprá-la, na noite deste sábado (20), na Vila Progresso, em Campo Grande. Eles mantinham um relacionamento amoroso há uma semana.

No sábado (20), ela foi até a casa dele, no centro da Capital. Por volta das 12 horas, o casal saiu do imóvel e seguiu até a residência de um amigo, no Bairro Zé Pereira, onde passou a tarde. Já eram 20h quando eles deixaram o local e no caminho o policial disse que retornariam para a casa dele. Mas ela se recusou e pediu para ser deixada em casa.

Então, conforme o relato, o suspeito parou o carro, na região da Vila Progresso, e apontou a arma para a vítima. Segundo boletim de ocorrência, o policial fez ameaças de morte, passou a xingá-la e a estuprou. Depois de cometer o crime, o policial ficou mais calmo e a vítima pediu, mais uma vez, para ser deixada em casa.

Contudo, o suspeito disse que a mulher estava nervosa e que iriam para a residência dele, onde dormiriam e no outro dia ela retornaria para casa. No deslocamento, a vítima conseguiu sair do carro e correu até o quartel do Corpo de Bombeiros, na Avenida Costa e Silva, onde pediu ajuda.

O suspeito parou a caminhonete que conduzia na frente do quartel, de acordo com o boletim de ocorrência, e chegou a se identificar para os militares como policial civil, inclusive, com o documento funcional, mas fugiu na sequência.

Em nota encaminhada à imprensa, a PCMS afirmou que apura o ocorrido. "O procedimento também será encaminhado à Corregedoria-Geral da Polícia Civil "para apurar qualquer desvio de conduta do servidor".

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