Por invadir área proibida, “loira golpista” volta para a cadeia
Giovana Nacasato, de 35 anos, ficou conhecida em 2021 por oferecer corridas fora de App para aplicar golpes
Por invadir área proibida, estabelecida em processo como local frequentado por pessoa a quem ela deveria manter distância de 200 metros, Giovana Rodrigues Nacasato, 35, que ficou conhecida no ano passado como a “loira golpista”, voltou para a cadeia na tarde desta segunda-feira (13). Conforme boletim de ocorrência, registrado como “evasão do local de custódia legal”, ela foi pega por policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações) da Polícia Civil.
Giovana violou regras do monitoramento eletrônico. Além de “adentrar na área da vítima”, conforme informado pela Agepen (Agência Municipal de Administração do Sistema Penitenciário) à Justiça, no dia 31 de maio, ela também deixou que a tornozeleira eletrônica descarregasse por completo, no dia 8 deste mês, depois que o juiz Marcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal, já havia mandado prendê-la por causa da primeira violação.
Acusada de estelionatos em série e furto, Giovana estava sendo monitorada depois de se envolver em outra confusão, no dia 26 de maio. Ela foi presa em flagrante acusada de provocar incêndio no quarto de vizinho, em hotel na Avenida Calógeras, no Centro de Campo Grande.
Conforme apurado pela polícia, naquele dia, horas antes da moradia do homem de 32 anos ser destruída por fogo, ela havia tido desentendimento com ele e chegou a dizer a outros moradores do prédio: “quando eu sou má, sou má”.
No dia seguinte, ao passar por audiência de custódia, Giovana ganhou a liberdade provisória, com a condição de se manter distante da vítima, usar tornozeleira eletrônica e comparecer periodicamente em juízo. Mas, no dia em que o equipamento para monitorá-la foi instalado, houve a primeira violação.
Golpes – Giovana ficou conhecida por cobrar valores exorbitantes por corridas curtas. Ela chegou a ser presa em junho do ano passado, após se identificada como a autora dos golpes, mas respondia aos processo em liberdade.
No ano passado, ela usava um Renault Sandero locado e operava pela Uber, até ser banida da plataforma. À polícia, Giovana disse que estava há 2 anos e 6 meses trabalhando como motorista de aplicativo e aplicou os golpes porque precisava levantar dinheiro rápido, mas não disse o motivo.
Na primeira situação, em maio de 2021, a vítima foi uma merendeira de 48 anos, que “pagou” cerca de R$ 1,2 mil por uma corrida de R$ 12. Outra vítima, um aposentado de 79 anos, perdeu R$ 900.
Mas, os casos que chamaram mais a atenção e levaram Giovana para a prisão aconteceram no mês seguinte, quando pelo menos três pessoas procuraram a Polícia Civil dando as mesmas características da golpista, uma “loira alta”, que oferecia corridas “por fora” e multiplicava o valor cobrado pelo trajeto na hora de digitá-lo na maquininha de cartão.
Um das vítimas fotografou a placa do carro e a polícia conseguiu imagens de câmeras de segurança para chegar até a estelionatária.