Prefeito diz que "não tem como" adiar início do novo toque de recolher
Solicitação foi feita por empresários dos bares e restaurantes, depois de decisão tomada em reunião
“Não tem como” foi a resposta dada pelo prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), sobre pedido de empresários do setor de bares e restaurantes para adiar até domingo, dia 12, a adoção do horário de 20h para o toque de recolher na cidade, determinada nesta terça-feira (8) como medida para conter o avanço dos casos de covid-19.
Segundo Marquinhos, os termos do decreto prevendo a antecipação do horário de proibição para estar nas ruas foi decidida em conjunto com entidades do comércio. “Eles participaram da reunião, foi combinado”, afirmou o prefeito.
De acordo com ele, a medida é extremamente necessária, diante da situação. Campo Grande já tem quase três dezenas de vítimas fatais pela doença e os hospitais estão com lotação de interações em unidade de terapia intensiva.
O prefeito disse ter estranhado, justamente por causa da reunião feita, a reclamação de que a alteração foi anunciada “de surpresa”.
Motivo – A reunião sobre o tema ocorreu ontem cedo. Já de noite, a Abrasel/MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul) informou ter solicitado à prefeitura de Campo Grande que adie o novo toque de recolher pelo menos até o próximo domingo.
O prazo seria necessário para que os donos de bares e restaurantes possam se organizar e não percam os estoques de produtos perecíveis adquiridos para esta semana.
O setor vai ser o mais atingido com o novo horário do isolamento, que passará a ser das 20h às 5h a partir de hoje. Atualmente, o horário limite para estar nas vias públicas é das 23h às 5h.
O novo toque de recolher é válido por 12 dias, de hoje a 19 de julho. O decreto com as alterações saiu em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande desta terça-feira (8) à tarde.