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Capital

Prefeitura alega crise e sinaliza que não dará reajuste a professores

Edivaldo Bitencourt e Kleber Clajus | 22/09/2014 15:26
Em abril deste ano, prefeito acatou reajuste aos professores da rede municipal (Foto: Marcelo Victor/Arquivo)
Em abril deste ano, prefeito acatou reajuste aos professores da rede municipal (Foto: Marcelo Victor/Arquivo)

A Prefeitura de Campo Grande alegou que não tem condições financeiras de acatar a lei municipal e dar o reajuste de 8,46% no salário dos 5,5 mil professores da rede pública municipal. A proposta estava prevista desde maio e elevará o piso do magistério para 100% do piso nacional, que passará a ser pago para jornada de 20h semanais.

Segundo o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Alves Gonçalves, foram duas reuniões com a equipe econômica do município.

Nas duas, os técnicos reafirmaram a falta de dinheiro para arcar com o aumento, que representaria impacto de R$ 3,6 milhões por mês na folha de pagamento da educação.

“Já fizemos duas reuniões com o prefeito e a equipe dele está alegando não ter condições de pagar o reajuste. Não vamos aceitar nada além do cumprimento da Lei Municipal nº 5189/2013. Contratamos assessoria financeira para provar que tem condições de pagar sim. A diretoria da ACP entende que é impossível abrir negociação sem o reajuste”, comentou Geraldo.

A terceira reunião entre a prefeitura e os representantes dos professores acontece amanhã.

O Campo Grande News entrou em contato com integrantes da Seplanfic ( Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle) e assessoria de imprensa da prefeitura que se restringiram a dizer que Olarte conduz pessoalmente as negociações.

Corte de gastos – No início do mês, o prefeito havia anunciado corte de gastos de R$ 100 milhões para assegurar o reajuste dos professores, além de manter o equilíbrio fiscal no final do ano. O pacote previa cancelamento de atividades culturais, bem como demissão de comissionados.

Rumores de atraso no pagamento do décimo terceiro dos servidores municipais também foi afastado por Olarte, que garantiu haver recurso suficiente para tal fim.

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