Prefeitura atrasa pagamento e corta bolsa alimentação de 6 mil servidores
Cerca de 6 mil servidores públicos municipais de Campo Grande permanecem com o benefício do bolsa alimentação suspenso. Conforme o Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais) a empresa Brasil Card bloqueou o repasse este mês por falta de pagamento.
Segundo Marcos Tabosa, presidente do Sisem, a concessão do bolsa alimentação foi pactuada em acordo feito entre a prefeitura e o sindicato em maio do ano passado. O sindicalista explica que na época, por conta das negociações salariais, a prefeitura não teve tempo hábil para fazer uma licitação e decidiu elaborar um contrato de serviço junto ao sindicato que firmou convênio com a empresa Brasil Card, sendo a prefeitura responsável pelo pagamento do beneficio.
De acordo com Tabosa, ficou acordado que a empresa disponibilizaria o beneficio até o quinto dia útil e receberia até o dia 25. O valor é cerca de R$ 900 mil mês.
Em maio deste ano, alegando dificuldades financeiras, a prefeitura procurou o sindicato e pediu que a entidade negociasse junto a empresa uma flexibilização no pagamento que seria estendido para o mês seguinte.
Os valores devidos foram saldados mês a mês, no entanto, em agosto deste ano a prefeitura não pagou os valores referente aos meses de julho e agosto e a empresa decidiu suspender o beneficio.
O bolsa alimentação, concede até R$ 150, e visa atender o funcionário que recebe até dois salários mínimos. Foram contemplados os funcionários enquadrados até o nível 13 (com ensino fundamental e nível médio de escolaridade), com vencimento base de até R$ 1.448,00.
Neste grupo de 5.625 funcionários estão os guardas municipais (1.341 servidores); administrativos da educação (2.151); agentes comunitários de saúde (1.441) e auxiliares e técnicos de enfermagem (687 funcionários). O pessoal da educação recebe cartão alimentação de R$ 120,00. Os agentes comunitários de saúde, auxiliares e técnicos de enfermagem, R$ 140,00, enquanto os guardas terão R$ 150,00.
O Campo Grande News tentou entrar em contato por telefone com o secretário municipal de Administração Ricardo Ballock para saber sobre esta situação, no entanto, até o fechamento desta materia ele não atendeu nem retornou às ligações. Um email também foi enviado para a assessoria de comunicação da prefeitura pedindo explicações a respeito do fato e não houve retorno.