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Capital

Prefeitura mantém plantões, mas secretaria precisa cortar R$ 5 milhões

Flávia Lima | 13/03/2015 14:24
Profissionais da saúde se reuniram com representantes da prefeitura. (Foto:Marcelo Calazans)
Profissionais da saúde se reuniram com representantes da prefeitura. (Foto:Marcelo Calazans)

A escala de plantão dos profissionais da saúde que trabalham na rede municipal não deverá sofrer cortes como havia determinado o prefeito Gilmar Olarte (PP). A informação é do superintendente de Saúde do município, Virgílio Gonçalves, que participou de reunião com profissionais do setor no final da manhã desta sexta-feira (13), na sede do Conselho Regional de Odontologia.

Logo cedo a categoria se reuniu no CRO para protestar contra a redução dos plantões como forma de cortar gastos da administração municipal. Os enfermeiros e técnicos tem uma jornada de 40 horas semanais e os plantões representam até 50% dos ganhos mensais.

Mesmo sabendo que a prática é exaustiva, a presidente da Associação dos Enfermeiros de Campo Grande, Sonia Maria Ferreira dos Santos afirma que é o único meio de reforçar o orçamento, já que a categoria não dispõe de um plano de cargos e carreira.

Após as deliberações e com a ajuda dos vereadores Carla Stephanini (PMDB), Luiza Ribeiro (PPS) e José Chadid (sem partido), uma comissão formada por membros do conselho estadual e municipal de saúde foi recebida pelo secretário de Saúde, Jamal Salem, porém ele determinou que o superintende de saúde, Virgílio Gonçalves fosse até o CRO conversar com os cerca de 200 profissionais que aguardavam um posicionamento da prefeitura.

A coordenadora da Mesa Diretora do Conselho Municipal de Saúde, Ione de Souza Coelho reiterou que a categoria é contra os cortes nos plantões e disse que uma audiência pública deverá ser marcada nos próximos dias para que os profissionais debatam com os vereadores a situação.

O superintendente Virgílio Gonçalves afirmou que vai discutir com o secretário a questão dos plantões esta tarde, mas alertou que o secretário pediu uma redução de gastos urgente e que será preciso encontrar novas maneiras de conter custos. “Vamos fazer um reordenamento e um novo desenho da situação de forma que nem os servidores nem a população sejam prejudicados”, afirmou. Ele disse que há uma determinação da administração municipal em cortar pelo menos R$ 5 milhões da Saúde como forma de economia.

Gonçalves irá se reunir com o secretário Jamal Salem para garantir que as escalas de plantões não sofram reduções, mas que caso seja necessário fazer alterações, que elas ocorram de forma organizada.

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