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Capital

Prefeitura tem 21 obras paradas e há serviço suspenso desde 2006

Aline dos Santos e Kleber Clajus | 03/09/2014 12:12
UPA das Moreninhas custou R$ 3,6 milhões e já foi pichada.  (Foto: Marcos Ermínio)
UPA das Moreninhas custou R$ 3,6 milhões e já foi pichada. (Foto: Marcos Ermínio)

Campo Grande enfrenta um cenário de 21 obras paradas, que incluem, Ceinfs (Centro de Educação Infantil), asfalto e posto de saúde.

“Tem obra paralisada desde 2006. Cada uma é um caso, vamos destravar as mais recentes sem problemas contratuais. São 21 obras paradas”, afirma a titular da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Kátia Castilho, que assumiu o comando da pasta na semana passada. Nesta quarta-feira, ela participou de audiência na Câmara Municipal. A secretária não informou qual construção está parada há oito anos.

De acordo com o presidente da Comissão de Obras, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, estimativa anterior apontavam 43 obras paradas na cidade. “O objetivo dessa audiência é deixar claro para saber o que está sendo feito e qual a projeção para o próximo ano”, afirma. O parlamentar também quer esclarecimento se há empreiteira sem receber e quem é o culpado pela paralisia das obras.

Segundo a secretária, foram retomadas e concluídas várias obras, como seis Ceinfs, cinco UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família), asfalto no bairro Panorama e recapeamento na avenida Guaicurus. “A prioridade é retomar o terminal intermodal de cargas”, diz Kátia. A obra foi lançada em 2007, no valor de R$ 22,4 milhões e com previsão de ficar pronta em 180 dias. A retomada é negociada com a empresa e deve custar mais R$ 1,5 milhão.

Também chamado de Porto Seco, o empreendimento começou a ser construído em setembro de 2007. No ano seguinte, o TCU (Tribunal de Contas da União) determinou a suspensão dos trabalhos por problema de execução. Após dez meses parada, a obra foi retomada em outubro de 2009. Mas parou, de novo, em 2012.

O terminal fica localizado às margens do anel rodoviário de Campo Grande, no trecho entre a BR-163, saída para São Paulo, e a BR-060, saída para Sidrolândia. A intenção é transformar a cidade em um entreposto, facilitando o escoamento dos produtos para os mercados externos, principalmente países como Argentina, Paraguai, Chile, Bolívia e Venezuela.

No Jardim Noroeste, obra de praça está parada. (Foto: Marcos Ermínio)
No Jardim Noroeste, obra de praça está parada. (Foto: Marcos Ermínio)
Retomada de obra no Centro de Belas Artes depende de acordo com  construtora. (Foto: Marcos Ermínio)
Retomada de obra no Centro de Belas Artes depende de acordo com construtora. (Foto: Marcos Ermínio)

Levantamento da Seintrha, divulgado durante a audiência pública, detalhou outras oito obras, além do Porto Seco, que estão paralisadas. Na mesma situação, está o Centro Municipal de Belas Artes. São dois contratos, um no valor de R$ 6,4 milhões, que foi firmado em março de 2010, e outro de R$ 3,1 milhões, assinado em dezembro de 2011. A prefeitura negocia a retomada do contrato com a construtora. Se não tiver acordo, será lançada nova licitação.

A urbanização do fundo de vale do Córrego Bálsamo, na avenida Rita Vieira de Andrade, está parada desde primeiro de setembro de 2013. A Seintrha aguarda substituição parcial da tubulação de esgoto, que implica em desapropriações. A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) das Moreninhas foi concluída em 95%. O investimento foi de R$ 3,6 milhões.

Já a praça no Jardim Noroeste, com custo de R$ 3,5 milhões, será revisada para enquadramento na nova política de custos da prefeitura. Os Ceinfs no Jardim Centenário e Nascente Segredo estão em processo de renegociação com as construtoras. A previsão é concluir as creches até dezembro.

Prefeitura tem 21 obras paradas e há serviço suspenso desde 2006
Prefeitura tem 21 obras paradas e há serviço suspenso desde 2006
Prefeitura tem 21 obras paradas e há serviço suspenso desde 2006
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