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Capital

Prefeitura vai limpar terreno e mandar conta ao dono na guerra contra dengue

Aline dos Santos e Ricardo Campos Jr | 07/02/2015 11:18
Segundo Jamal, prefeitura vai mandar conta de limpeza para donos de terrenos baldio. (Foto: Marcos Ermínio)
Segundo Jamal, prefeitura vai mandar conta de limpeza para donos de terrenos baldio. (Foto: Marcos Ermínio)

A ofensiva contra o mosquito Aedes Aegypti, tradicional vetor da dengue e da novidade chikungunya, vai incluir pente-fino em terrenos baldios e a conta pela limpeza será paga pelo proprietário.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Jamal Salem, o poder público planeja uma grande ação, que será realizada por meio de parceria com a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano).

“Vamos traçar as mestas de fiscalização, tentar achar os donos e no caso, se não for localizado, a prefeitura vai fazer a limpeza e além da multa, ele vai receber a conta do serviço”, afirma Jamal.

A Sesau não tem estimativa da quantidade de terrenos abandonados. Mas os dados devem ser fornecidos pela Semadur em reunião na segunda-feira. Serão definidos os locais e o ponto de partida da força-tarefa. “É uma situação muito preocupante”, diz. A multa vai junto com o boleto do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

Neste sábado, acontece o Dia D de combate à dengue e chikungunya. A iniciativa foi determinada pelo Ministério da Saúde. Com distribuição de panfletos, 150 agentes de saúde fazem alerta nas ruas do Centro de Campo Grande sobre as doenças.

O último Lira (Levantamento Rápido do Índice de Infestação) aponta que o mosquito é, literalmente, de casa. Conforme o chefe do serviço de controle da dengue, Alcides Ferreira, 76% dos focos estavam em domicílios.

Para Arlinda, "sempre tem um que não sabe ou se faz de esquecido". (Foto: Marcos Ermínio)
Para Arlinda, "sempre tem um que não sabe ou se faz de esquecido". (Foto: Marcos Ermínio)

“As pessoas estão esquecendo as velhas rotinas. Depois das epidemias, o pessoal fica mais tranquilo. Mas toda a população está suscetível tanto a dengue quanto a chikungunya, que todos os casos são graves. Não tem tem óbito, mas tem mais internação e afastamento do trabalho. Se tiver quantidade baixa de vetor, qualquer doença não vai ter epidemia”, afirma.

Após receber um panfleto educativo da mobilização, a funcionária pública Arlinda Benites, 65 anos, avalia que é importante lembra as boas e velhas práticas contra a dengue. “Porque sempre tem um que não sabe ou se faz de esquecido”, diz. Ela conta que faz sua parte e não tem nem plantas em casa.

Atualmente, a principal preocupação é o Jardim Noroeste, na saída para Três Lagoas. Com alta incidência de vetor, o bairro recebe, desde a segunda quinzena de janeiro, 70 agentes comunitários e máquinas para limpeza. Em Mato Grosso do Sul, o mês de janeiro registrou aumento de 48% em relação a 2014. São 1.642 casos notificados contra 1.104. Em 2013, ano de epidemia, o mês de janeiro teve 23 mil casos.

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