Prefeitura veta projeto que iria implantar ações contra o suicídio nas escolas
Apesar do crescente número de casos de suicídio em Campo Grande, a Prefeitura Municipal vetou o projeto de lei que tinha como objetivo implantar medidas de prevenção ao ato nas escolas municipais da Capital. A decisão foi publicada no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) desta terça-feira (18).
Conforme a Semed (Secretaria Municipal de Educação), as ações poderiam incentivar as crianças e jovens a cometerem o ato. “As ações do referido projeto poderão despertar ou até instigar pessoas emocionalmente desestruturadas à prática de atos incompatíveis com a normalidade da vida”, informou.
A secretaria alegou que a Reme (Rede municipal de ensino) não possui psicólogos ou outros profissionais capacitados para realizarem triagem com os alunos na prevenção de problemas emocionais. Mas, desenvolve um atendimento socioeducativo, no intuito de estabelecer ações, atividades e projetos para a redução dos índices de violência, ampliação de acesso à cidadania e construção de uma cultura de paz, fatores que contribuem diretamente para uma visão de autopreservação da vida dos alunos.
A secretaria informou ainda que para enfrentar este tipo de problema social, tanto nas escolas como na comunidade em geral, existem os Caps (Centros de Atenção Psicossocial), entre eles, o Caps Infantil. Todas as unidades são diretamente vinculada à pasta da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), onde são realizadas atividades por intermédio de psicólogos.
Dados – De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), um milhão de pessoas tiram a própria vida por ano, em todo o mundo. Em 2006, o Governo Federal formou um grupo de estudos para traçar as diretrizes de um plano nacional de prevenção do suicídio, prometido para este ano.
Em Campo Grande existe um manual destinado a profissionais da saúde. O nome do documento é “Prevenção do Suicídio” – manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental.
