Preso por roubos, árabe planejava explodir caixa eletrônico em terminal
Policiais militares do Batalhão de Choque prenderam na noite desta sexta-feira (29), em Sidrolândia (a 71 km da Capital) um árabe acusado de liderar uma quadrilha autora de diversos roubos em Campo Grande nos últimos dias e que mantinha em sua casa planos de explodir caixas eletrônicos instalados nos terminais de ônibus.
Naim Ayman Samour, 22 anos, conhecido como ‘Mohamad’ no meio criminoso, e seu braço direito, Jorge Anderson Oliveira dos Santos, 32, foram presos após outros dois integrantes do bando entregarem seus paradeiros.
Pelo menos três veículos foram roubados pela quadrilha nos últimos dias na Capital. Mas o ramo de atuação dos bandidos é amplo. Um dos crimes mais cometidos por eles é o de assaltar homossexuais e casais que buscam garotos de programas nas proximidades do Parque dos Poderes. Um deles, sempre armado, finge negociar valores e, quando entra no carro, anuncia o crime e aciona os comparsas.
No início da semana, uma das vítimas que caiu na emboscada chegou a ser amarrada em um cativeiro no Jardim Noroeste enquanto os autores sacavam quantias de suas contas bancárias.
Foi esse crime que deixou a polícia próxima de prendê-los, afinal a vítima, além de detalhar que o líder do bando usava uma máscara tampando o rosto, deu detalhes dos veículos usados , que batiam com a descrição dos carros roubados antes.
A máscara foi localizada pelos policiais na casa de ‘Mohamad’, que escondia também um revólver calibre ponto 38 e planos de detonar caixas eletrônicos nos terminais de ônibus da Capital.
Um desses planos, extremamente detalhado, previa até mesmo o dia e hora de atuação da quadrilha para que obtivessem sucesso ao fugir com o dinheiro do Terminal General Osório.
Em seu depoimento no momento da prisão, o árabe confessou que acompanhou a rotina do terminal no período noturno por três meses, descobriu o dia em que o equipamento seria carregado com dinheiro e estudou vias que pudesse fugir sem ser observado.
A dupla foi encaminhada à Delegacia de Sidrolândia, onde os outros dois acusados já estavam detidos e acabaram indiciados por roubo e porte ilegal de arma. A polícia espera que haja o reconhecimento de mais vítimas.